Pandemia
Aulas não voltam dia 4 de maio no Rio Grande do Sul
Governo do Estado deve anunciar até quinta-feira as regras do Distanciamento Social Controlado por região
Infocenter -
*Atualizada às 16h49min para acréscimo de informações.
As regras que passarão a valer no Rio Grande do Sul, para barrar a disseminação do novo coronavírus, devem ser conhecidas até quinta-feira (30). Ao menos uma parte. O Governo do Estado irá apresentar a versão final do Distanciamento Social Controlado, com as particularidades definidas por região. Uma decisão, entretanto, já está tomada: as aulas não retornam na segunda-feira, dia 4. A dúvida é se poderão ser retomadas ao longo do mês de maio ou se a volta ficará só para junho.
O anúncio foi feito na tarde desta terça, em live do governador Eduardo Leite (PSDB). A possibilidade de as escolas terem de adquirir materiais e equipamentos de proteção, para garantir um retorno seguro, é um dos principais argumentos para a nova postergação. Enquanto isso, a disseminação do vírus dispara pelo Estado: já está em 131 municípios. Preocupação maior à região Norte e dos Vales.
A definição é única e deve ser aplicada tanto para Educação Básica - Ensinos Fundamental e Médio - quanto para o Ensino Superior. A determinação é válida às redes pública estadual e municipal, como também às instituições particulares de ensino - reforça o Executivo gaúcho.
Com base em indicadores concretos, regras poderão ser reajustadas
O Distanciamento Social Controlado terá dois pilares fundamentais: a divisão por oito regiões do Rio Grande do Sul e 12 setores econômicos. Para decidir os níveis de risco de contágio e os protocolos que precisam ser acatados, o novo regramento tomará como base uma série de dados e detalhes.
Para tentar chegar à redação final do documento, o governo tem ouvido representantes da sociedade civil, epidemiologistas, além de integrantes de entidades e de partidos políticos. Conforme a alteração de cenário, crescerá ou abrandará o rigor das regras. Entenda melhor como deverá funcionar:
- A segmentação por regiões: O número de pessoas infectadas e a capacidade de resposta do sistema de saúde irá definir a cor da bandeira em que cada região se encaixa. O nível de ocupação de leitos na rede hospitalar e a disponibilidade de ventiladores e de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) serão alguns dos indicadores para avaliar a gravidade da situação. E, claro, decidir os níveis de restrição que deverão ser impostos à comunidade.
- A segmentação por setores: A economia será dividida em 12 setores e cerca de 50 atividades que passarão a ser avaliados pelos tipos de risco que representam à transmissão da Covid-19. A relevância econômica do setor, o número de funcionários envolvidos e a capacidade de arrecadação estão entre os critérios observados e ajudarão a definir também os protocolos que precisarão ser respeitados.
Horários de funcionamento, uso de máscaras e EPIs, percentual de ocupação nos locais e afastamento dos grupos de risco integram a lista de itens que deverão ser analisados no caso a caso, para definir se um determinado setor poderá ser liberado, liberado com restrições ou proibido de retomar atividades.
"Por este novo modelo, com responsabilidade e mais embasamento científico, teremos condições de atuar nas regiões, na proporção e no momento que se fizer necessário", enfatizou o governador, ao defender equilíbrio entre os cuidados com a saúde e a atividade econômica.
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