No início da tarde desta quinta-feira (30), os torcedores do Pelotas envolvidos no acidente na ERS-135 iniciaram o deslocamento para casa. O grupo saiu de Erechim por volta das 14h30min e ainda passou no local em que o ônibus tombou para tentar recuperar pertences. Na sequência, o grupo foi a Passo Fundo para recolher os torcedores que estavam por lá. A previsão de chegada em Pelotas é para a noite desta quinta-feira.

Entre os feridos, a maioria recebeu alta ainda na madrugada. Onze permaneciam internados na manhã desta quinta, mas o número baixou durante a tarde. O Pelotas custeou a hospedagem para os que estavam em Erechim e enviou recursos para a alimentação e outros gastos que pudessem ser necessários. Os torcedores que estavam no hospital em Passo Fundo foram para a casa do ex-atacante Sandro Sotilli, ídolo do clube, que se colocou à disposição para recebê-los.

Nem todos os torcedores puderam retornar a Pelotas. Gustavo Branco, Felipe Amaral, Jorge Lopes, Eldor Stigger, José Sanches, Juliano Sanches, José Luiz Portela e Sérgio Luis Teixeira seguem na região Noroeste. O único que está na UTI é Eldor, de 89 anos. Ele sofreu fraturas nas costelas, na vértebra T-9 da coluna e uma perfuração no pulmão, mas passou por cirurgia e o quadro de saúde é estável.

Caminhoneiro identificado

O condutor do caminhão que causou o acidente que deixou torcedores do Pelotas feridos na ERS-135, próximo a Erechim, foi identificado. Ele se apresentou na Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (30). Morador de Gravataí, ele disse à polícia que não percebeu o acidente e por isso não parou para prestar socorro.

De acordo com o depoimento do caminhoneiro, que não teve a identidade revelada, somente na manhã desta quinta ele notou o caminhão danificado. O condutor foi encaminhado à delegacia para prestar esclarecimentos.

Após o acidente, em um áudio enviado para amigos, o motorista do ônibus que conduzia os áureo-cerúleos falou sobre a colisão. "Eu não tive opção. Se ficasse na estrada, ia dar de frente no caminhão que estava vindo na pista e ia morrer gente. Ali não tem área de escape. Segurei o máximo que eu pude e o ônibus caiu de lado, não chegou a capotar. Muitos ficaram machucados, mas graças a Deus não morreu ninguém". O sargento Sandro Lazzarin, da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), confirmou que houve colisão entre os veículos, o que causou a situação.