Pescado

Bagre desaparece das peixarias em Pelotas

Decreto proíbe a captura da espécie e deixa pescadores artesanais quase sem alternativas

Foto: Flávio Neves

Quem for às peixarias de Pelotas em busca do bagre não encontrará o pescado. Isso porque a espécie está proibida de ser capturada. O decreto 51.797, de 8 de setembro de 2014, a considera em extinção. No ano passado uma liminar garantiu a captura. Porém, este ano a situação é diferente e, para tentar reverter o cenário, uma reunião extraordinária do Fórum da Lagoa dos Patos irá acontecer nesta sexta-feira (18), às 14h, em Tavares.

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O bagre viria como alívio aos pescadores da Lagoa dos Patos depois da inexistência do camarão. A safra do peixe iniciou no dia 1º de março e o decreto da proibição foi uma surpresa aos trabalhadores da Colônia Z-3, que esperavam estar amparados pela liminar de 2015, relata o presidente do Sindicato dos Pescadores de Pelotas, Nilmar Conceição. Segundo o Fórum da Lagoa, uma nota foi enviada à superintendência do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para que a espécie seja retirada da lista de extinções.

A reunião desta sexta irá tratar as formas de amenizar os prejuízos e buscar subsídio para contestar o estudo realizado pela Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, em 2014. Uma possibilidade levantada, segundo os pescadores, é um novo estudo, que seria realizado pela Universidade Federal do Rio Grande (Furg). Outras reuniões já foram feitas, mas sem sucesso. O impasse desacredita os trabalhadores, já que a safra em março é curta, dura de duas a três semanas, tendo influência do vento Sul. Se houver uma liberação, dificilmente ele será encontrado. Como o decreto é estadual, a vinda do pescado de outras regiões se torna cara devido ao frete e ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Como substituir o pescado
Segundo Jair Dias, pescador e fornecedor do produto às peixarias do Mercado Central, o bagre - utilizado para ensopados e moquecas - tem sido substituído pelo pintado e o jundiá. Limpos, eles podem ser encontrados por valores de R$ 9,00 e R$ 7,50, respectivamente.
Os bagres proibidos de captura pelo decreto são os seguintes: branco, rosado, marinho, boca-larga, cachorro e natal.

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