Novidade

Beneficência realiza procedimentos inéditos

Intervenções que corrigem anomalias estruturais no coração de pacientes agora estão disponíveis no hospital pelotense

Jô Folha -

Duas intervenções inéditas na Beneficência Portuguesa de Pelotas, o fechamento de comunicação interatrial (CIA) e o fechamento de oval patente, foram realizadas nesta terça-feira (23) pela equipe do hospital, juntamente com médicos convidados, já com experiência nesta área. Basicamente, ambos os procedimentos fecham aberturas anormais no coração dos pacientes, de maneira bem mais rápida e menos incisiva do que era comumente feito.

As pacientes eram duas mulheres, de 45 e 61 anos de idade. Da equipe do hospital, os médicos Felipe Marques e Ismael Bassani, cardiologistas intervencionistas, juntamente com Felipe Dolzan, cirurgião cardíaco, foram acompanhados por Felipe Fuchs, também cardiologista intervencionista, atuante em dois hospitais da capital gaúcha, além de outros médicos e enfermeiros. O Diário Popular acompanhou a primeira intervenção, o fechamento de Comunicação Interatrial, na paciente de 61 anos.

A realização foi rápida, uma de suas características. Se a cirurgia padrão chega a levar até seis horas, esta durou cerca de 40 minutos. Marques explicou que a intervenção corrige uma anomalia na estrutura do coração, que acabava sobrecarregando um dos lados do órgão, gerando, entre outras coisas, insuficiência cardíaca. O procedimento coloca uma prótese, capaz de corrigir e equilibrar novamente o funcionamento. Este defeito é genético, e é tratado normalmente na infância ou na meia-idade.

O acesso é pela veia femoral, através da virilha, sem necessidade de abrir o peito, como no formato antigo. Por ser minimamente invasivo, com incisão inferior a um centímetro de espessura, ela torna-se mais simples e rápida. Acompanhada por vídeo, ela é levada por catéteres da região pélvica até o peito. "A tendência é que a cardiologia intervencionista cresça cada vez mais", explica Marques.

O tempo de internação, também é bem menor. Se antes o paciente ficava cerca de seis dias no hospital após a cirurgia, a mulher operada nesta terça poderá receber alta ainda na quarta, ou no máximo, quinta. Os riscos do procedimento são mínimos, com a principal complicação podendo ser a má colocação da prótese, relata o cardiologista Bassani. "A tendência é que ela viva mais e melhor", explica. Segundo ele, a primeira realização no hospital foi um sucesso, e a tendência é de que a técnica torne-se cada vez mais usada, sendo a Beneficência Portuguesa referência em cardiologia. No próximo ano, também deverá contar com uma sala híbrida, instalando um bloco cirúrgico junto com a Sala de Hemodinânica, onde ocorrem as intervenções. Pelo SUS, o procedimento é disponibilizado principalmente para pacientes de até 21 anos de idade.

Já a segunda intervenção, de fechamento da forame oval patente, que é uma potencial causadora de coágulos, responsáveis principalmente por AVCs, é feito conforme indicação médica. Ela é uma anomalia mais comum, e o procedimento realizado era também considerado mais simples, por ser uma abertura menor. Para o cirurgião cardíaco Felipe Dolzan, as novidades são muito positivas. "A diferença da cirurgia convencional para isso aqui é muito grande", pontua.

Confira o vídeo:

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Tendência é de chuva esparsa com volume acumulado expressivo na sexta-feira Anterior

Tendência é de chuva esparsa com volume acumulado expressivo na sexta-feira

Gestores municipais de Assistência Social entregam pautas prioritárias para o Estado Próximo

Gestores municipais de Assistência Social entregam pautas prioritárias para o Estado

Deixe seu comentário