Pandemia

Brasil tem 3.904 casos e 114 mortes por covid-19

Ministério da Saúde atualizou dados em coletiva de imprensa

O ministro da Saúde, Henrique Mandetta, informou neste sábado (28) que o Brasil tem 3.904 casos e 114 mortes por covid-19. Com isso, a taxa de letalidade da doença no país está em 2,8%, segundo o balanço do Ministério. Na coletiva de imprensa, Mandetta voltou a reforçar o pedido de que as pessoas permaneçam em suas casas. Diminuindo a velocidade do contágio também se minimiza a sobrecarga no Sistema de Saúde, justificou o ministro.

Na coletiva o ministro da Saúde também falou sobre o uso indiscriminado da cloroquina e da hidroxicloroquina. Mandetta ressaltou que é importante que os medicamentos só sejam usados em casos mais complexos e não para os pacientes em geral. “Esse medicamento pode dar arritmia cardíaca, pode paralisar a função do fígado. Então, se sairmos com a caixa na mão falando 'pode tomar', nós podemos ter mais mortes por mau uso do medicamento do que pela própria virose”, enfatizou.

São Paulo é o estado com maior número de infecções comprovadas, com 1.406 casos e 84 óbitos, com taxa de letalidade em 6%. Apesar de ter os maiores números absolutos, São Paulo tem taxa de letalidade menor que o Piauí, que soma 11 casos e uma morte, com índice de letalidade em 9,1%; e que Pernambuco (68 casos, cinco mortes e letalidade em 7,3%).

O segundo estado com mais casos absolutos confirmados é o Rio de Janeiro, com 558 pessoas infectadas e 13 óbitos (letalidade em 2,3%). Minas Gerais vem em terceiro lugar, na contabilidade dos casos, com 558 comprovações, mas sem mortes registradas até o momomento.

Perfil dos infectados

Com relação à faixa etária, 90% dos óbitos foram de pessoas com idade acima de 60 anos (91 casos). Seis óbitos foram de pessoas com idade entre 40 e 59 anos; e quatro, de pessoas com idade entre 20 e 39 anos.

Considerando os grupos de riscos, 84% dos óbitos são de pacientes que apresentavam pelo menos um fator de risco.

De acordo com o ministério, 59 óbitos ocorreram com em pessoas com algum tipo de cardiopatia. "Essa é uma doença que às vezes apresenta poucos sintomas. Mas ao se prolongar ela cansa as pessoas. Temos muitos relatos de pessoas que se dizem cansadas por causa dela. Por isso, em pacientes com cardiopatias, o coração não aguenta. É um vírus que cansa o corpo depois de dias", disse o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

Ainda no âmbito dos grupos de risco, entre os óbitos, 43 tinham histórico de diabetes; 19 de pneumopatia; dez apresentavam doença renal; dez tinham quadro de imunodepressão; sete, doença neurológica; quatro, asma; três, doença hematológica; duas pessoas apresentavam obesidade; uma tinha doença hepática; e uma era puérpera.

Um mês de coronavírus no Brasil
Ao completar um mês da primeira detecção de covid-19 no país, o país registrava 77 mortes e 2.915. O primeiro caso foi registrado em 26 de fevereiro.

A perspectiva do Ministério da Saúde para o próximo mês é de que a epidemia aumente no Brasil, uma vez que o país está no início da curva de crescimento pela qual outras nações já estão passando, como Estados Unidos, Itália e Espanha.

Auxilio a pequenas e médias empresas
Na sexta-feira (27) o governo anunciou uma linha de crédito emergencial para ajudar pequenas e médias empresas a quitar a folha de pagamentos. O setor está entre os mais afetados pela crise gerada pela pandemia de covid-19. A estimativa é de liberação de R$ 40 bilhões.

A medida deve beneficiar 1,4 milhão de empresas, atingindo 12,2 milhões de trabalhadores. O crédito será destinado a empresas com faturamento anual entre R$ 360 mil a R$ 10 milhões e vai financiar dois meses da folha de pagamento, com volume de R$ 20 bilhões por mês.

Entrada de estrangeiros no país
Também na sexta-feira, o governo editou uma portaria para proibir temporariamente a entrada de estrangeiros de todas as nacionalidades que chegarem ao Brasil pelos aeroportos. A medida tem validade de 30 dias.

O fechamento da fronteira aérea foi feito a partir de recomendações técnicas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a regra não será aplicada no caso de brasileiros que retornem ao país, imigrantes que moram no Brasil, parentes diretos de brasileiros e estrangeiros que são membros de órgãos internacionais. A norma também libera a entrada de quem estiver em trânsito para outros países, desde que o passageiro fique somente na sala de trânsito dos aeroportos, além de tripulantes de empresas aéreas.

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