Sanep

Caixa d'agua de ferro pode ser reativada ainda neste ano

Laudo elaborado após teste de carga não apontou problemas estruturais no reservatório, que poderá contribuir para a rede de abastecimento do município

Carlos Queiroz -

A caixa d'agua de ferro da Praça Piratinino de Almeida poderá ser reativada ainda este ano. A estimativa tem como base um laudo entregue ontem pela empresa paulista Tramec SA ao Sanep, após a realização de testes de carga, que não indicaram problemas estruturais no reservatório, conhecido como R1. No documento foram apontados desgastes decorrentes de ferrugem e pequenos vazamentos na estrutura, além da recomendação de utilização de 80% da capacidade total, de 1,5 milhão de litros. Com o recebimento, a autarquia tem um prazo de 15 dias para realizar questionamentos que especifiquem eventuais dúvidas sobre o conteúdo.

"O resultado confirmou as expectativas", afirma o diretor-presidente do Sanep, Alexandre Garcia. Segundo ele, os problemas apresentados podem ser decorrentes da ação do tempo no reservatório, construído em 1875 e reformado em 2011. Parte dos procedimentos necessários seriam o de lixamento e recomposição de aço nos pontos enferrujados, além da limpeza da estrutura, que poderiam ser efetuados pelo Sanep, com previsão de início a partir do mês de março. Além disso, também são necessários processos como impermeabilização e pintura, que devem ser realizados a partir da contratação de uma empresa para os serviços. O valor total estimado para a reativação do R1 é de R$ 800 mil. A recomendação de que a estrutura seja utilizada com 80% da capacidade total, 1500 m³, ou seja, 1,5 milhão de litros, representa uma redução de 300 m³, no volume de água. "Não é muito considerável", salienta o diretor-presidente. Para ele, a limitação não impede os benefícios da utilização do reservatório, que poderia atuar no reforço do abastecimento de água em horários de grande utilização, e para a regulação da pressão na rede na área central.

Utilização ainda em 2020
Apesar de a caixa d'agua ser tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), as adaptações necessárias não precisarão passar por autorização do órgão, considerando que não serão realizados procedimentos estruturais. Com isso, Garcia explica que há uma redução no prazo necessário para que o reservatório esteja apto à integrar o sistema de abastecimento do município. A previsão é que comece a ser utilizado ainda neste ano, vinculado à conclusão da Estação de Tratamento de Água São Gonçalo. "O reservatório é o primeiro ponto de abastecimento da Estação", conta.

Estrutura passou por testes
A caixa d'agua de ferro passou por testes de carga no final do mês de novembro de 2019, realizados pela empresa Tramec SA, ao custo de R$ 31 mil. Durante três dias, a estrutura foi abastecida com 500 mil litros de água, um terço de sua capacidade total, de 1,5 milhão de litros, e monitorada em períodos de 12 horas. Com a carga máxima, o período de avaliação foi de 24 horas. Ao final, o volume de água foi escoado gradualmente, processo que não apresentou problemas. Durante o procedimento o acesso à Praça Piratinino de Almeida foi restrito somente à pessoas autorizadas.

Histórico
A Caixa d'agua de ferro foi importada da Escócia pela Companhia Hydraúlica Pelotense e construída em 1875. Com tombamento pelo IPHAN recebido em 1984, o reservatório passou por reforma, concluída em 2011, que contemplou a restauração, impermeabilização e recuperação do ferro degradado.

 

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