Nas estradas
Caminheiros prometem greve a partir desta segunda
Protesto é motivado pelo aumento contínuo no preço dos combustíveis
Paulo Rossi -
Atualizada às 7h44min para acréscimo de informações
Caminhoneiros de todo o Brasil articulam para esta segunda-feira (21) uma paralisação nacional dos trabalhos a partir do começo da manhã. O motivo é o contínuo aumento nos preços do diesel promovido pela Petrobras. Somente na semana passada foram cinco reajustes em sequência que resultaram em um acréscimo médio de 5,98% nas refinarias. A convocação para a greve está sendo feita pela Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam). Em Pelotas não há pontos de bloqueios, segundo informa a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Apesar do indicativo e da orientação nacional, a direção da Federação dos Caminhoneiros Autônomos do Rio Grande do Sul (Fecam-RS) diz que só irá se posicionar sobre o assunto na tarde desta segunda. Já a Abcam divulgou carta aos trabalhadores da categoria em que pede "manifestações pacíficas e sem interrupção de rodovias".
No texto assinado por José da Fonseca Lopes, presidente do sindicato que representa caminhoneiros de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Pernambuco, a orientação é para que a paralisação ocorra em postos de combustíveis ou que os profissionais fiquem em casa. “Não participem de manifestações que coloquem em risco o patrimônio de quem quer que seja, muito menos fechando rodovias ou praças de pedágios”, diz.
Além de protestar pelo alto preço do combustível, os caminhoneiros reivindicam que o governo promova a redução a zero da alíquota de contribuição do PIS/PASEP e do Cofins que incide sobre o diesel.
Pela região
Conforme a reportagem apurou com caminhoneiros de Pelotas, a categoria pretende realizar mobilização nas rodovias do entorno. No entanto, não quiseram informar os locais exatos dos protestos nem o tamanho da adesão.
Já o Sindicato dos Caminhoneiros de Rio Grande (Sindicam) afirma que fará uma assembleia local às 9h. Em seguida, às 10h, a direção participará de uma videoconferência que reunirá sindicatos de todo o Estado. "Somente depois disso é que vamos definir o formato e os locais de manifestação. O que sabemos é que não dá para ficar do jeito que está, com o diesel a R$ 4,00", indica Flávio da Rosa, diretor do Sindicam.
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