Protesto
Caminhoneiros interrompem carga de madeira para fabricação de celulose
Motoristas que carregam matéria-prima produzida em Pelotas e região cobram melhores salários
Paulo Rossi -
Trabalhadores discutiram com representantes regionais da empresa melhorias na remuneração (Foto: Paulo Rossi - DP)
Motoristas que trabalham no transporte de madeira usada pela fábrica da CMPC Celulose Riograndense paralisaram as atividades na manhã desta segunda (10). Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial e mudanças no sistema de pagamento pelos serviços.
Desde as 5h30min os 120 transportadores contratados pela BBM Logística cruzaram os braços em frente ao escritório da empresa na BR-116, no Jardim América, em Capão do Leão. O objetivo era se reunir com gestores e apresentar as demandas da categoria.
“A empresa tem usado o prêmio como complemento salarial para que se atinja o piso, quando na verdade isso deveria ser um extra”, reclama Cristiano Andersen, secretário geral do Sindicato dos Empregados em Transporte Rodoviário de Carga Seca do Estado do Rio Grande do Sul (Sinecarga).
Segundo os motoristas, um acordo prevê que, caso a comissão pelo transporte das cargas não alcance o mínimo de R$ 2.009,00 a BBM deveria complementar este valor, além de pagar bônus caso não aconteçam infrações de trânsito ou inconformidades no transporte da carga.
Por volta das 9h30min, os trabalhadores receberam a confirmação de que o diretor florestal da BBM, João Cristo, virá da matriz da empresa no Paraná para negociar com a categoria no Capão do Leão nesta terça (11). Com o encaminhamento, os motoristas voltaram às atividades.
A reportagem tentou ouvir representantes do escritório local da BBM, que não quiseram se manifestar e apenas confirmaram o andamento das negociações.
Entenda
A madeira transportada pelos caminhoneiros é obtida em propriedades em municípios da Zona Sul do Estado e encaminhada ao Porto de Pelotas. No local, é transferida para barcaças que levam até Guaíba, onde está instalada a fábrica da CMPC Celulose Riograndense. No ano passado circularam pelas rodovias da região cerca de 600 mil toneladas do produto.
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