Paralisação

Caminhoneiros sinalizam greve

Reunião realizada neste sábado apontou que a categoria irá paralisar as atividades a partir da próxima semana

Carlos Queiroz -

Os caminhoneiros da Zona Sul deverão iniciar o mês de novembro em paralisação. A decisão da categoria foi tomada na manhã deste sábado, em reunião dos trabalhadores. Após debaterem a questão, os condutores optaram por aderir ao movimento que tem crescido no país. O aumento do preço do diesel - que trouxe graves dificuldades para os profissionais - e a busca por melhores condições de trabalho são as principais pautas que motivam a decisão.

O estado de greve já havia sido declarado há cerca de duas semanas. Com a mudança no valor do óleo diesel, que sofreu um reajuste de 9,15%, o movimento ganhou força. A reunião deste sábado serviu para compreender o posicionamento dos profissionais da Zona Sul, traçar um parâmetro do quadro e, desta forma, decidir se haveria adesão. “A nossa reunião foi para analisar o cenário desta reivindicação de parada nacional. Nós temos que ouvir a categoria. Enquanto Sindicato, não compete a nós decidir, mas sim representar toda a categoria”, afirmou o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Bens de Rio Grande (Sindicam), Dieck Sena.

O Sindicam afirmou estar ciente das dificuldades que os profissionais atravessam e reconheceu que o momento não é positivo para os caminhoneiros. “Desde o começo do ano, os trabalhadores estão em sérias dificuldades. Infelizmente, o frete não tá acompanhando os reajustes que são feitos diariamente pela Petrobrás. Nós reivindicamos os direitos da categoria, para que os caminhoneiros possam trabalhar dignamente. A situação está insustentável. Esperamos que o governo ouça as nossas demandas”, apontou Sena. Ele ainda pontuou que a causa dos profissionais é “legítima” e que estão buscando “seus direitos de condições de trabalho que não conseguem ter pela crescente dos combustíveis”.

Melhorias aguardadas

Embora outras pautas sejam tema de debates entre os profissionais - como a aposentadoria especial e os marcos regulatórios da categoria -, a principal demanda é a questão do óleo diesel. Os reajustes têm sido os vilões do cotidiano dos condutores, que sentem-se lesados com este cenário. “A gente quer fiscalização para que o frete possa acompanhar o óleo diesel. O caminhoneiro não precisaria se preocupar com o diesel se o frete acompanhasse e houvesse fiscalização. O preço do óleo sofre reajustes diários e nos afeta demais no dia a dia”, explicou o presidente.

Mobilização ganha força

As movimentações para uma greve ganharam força com a adesão da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) e da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), que se posicionaram a favor das paralisações. Embora não de forma unânime - fenômeno que também se observou na Zona Sul-, entidades do Rio Grande do Sul ainda mantêm uma fala cautelosa. Segundo a CNTTL, o Estado possui cerca de 250 mil caminhoneiros autônomos em atuação.

 

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