O Ministério Público Federal (MPF) recebeu na tarde de quinta-feira (19) os esclarecimentos da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) sobre as denúncias de plágio no concurso público da instituição. Agora o MPF analisará as resposta para tomar as decisões cabíveis ao processo.

De acordo com o procurador da República, Max Palombo, a justificativa será analisada nas próximas duas semanas. Após, o MPF poderá recomendar a anulação de questões, de todo certame ou optar pelo arquivamento do processo. “É necessário esse tempo para analisarmos até que ponto é plágio ou não”, completou.

As perguntas questionadas pelos participantes foram as de número 30, 33, 34, 38, 39 e 40. Na justificativa encaminhada ao órgão, a UFPel informou que a 33 foi adaptada de uma obra da bibliografia indicada, mas não apresenta o mesmo formato. A 34 e a 38 também foram feitas a partir de exemplos contidos nos livros indicados.

Na 39, a instituição afirma que ela foi montada a partir de uma tabela apresentada no guia do libre office, também disponibilizado na bibliografia. A 30 e a 40, a UFPel reconheceu a semelhança delas com as de outros concursos, por isso, já foram anuladas.

No documento, ainda constam todos os procedimentos de segurança tomados pela UFPel em concursos públicos, e garantem que a banca não tem acesso ao gabarito. Sobre os rascunhos disponibilizados, a universidade afirma que é um procedimento padrão.

Relembre
No dia 4 deste mês, pelo menos cinco denúncias foram formalizadas no MPF acusando o certame de plágio. Em função desses acontecimentos, a seleção pública gerou desconfiança por parte dos candidatos. Os requerentes argumentam que a utilização das perguntas já existentes poderiam possibilitar o favorecimento de alguns candidatos.
O concurso recebeu 6.258 inscrições para preencher seis vagas no cargo de técnico-administrativo em educação.