Polêmica

Candidatos pedem anulação de concurso da UFPel

Denúncias de plágio nas questões foram encaminhadas ao MPF. Universidade deve se pronunciar até o dia 18 deste mês

11 bReclamação é por questões copiadas integralmente de outros processos seletivos (Foto: Reprodução)

Até o final da manhã desta quarta-feira (4), cinco denúncias foram formalizadas ao Ministério Público Federal (MPF). Em todas, a questão é a mesma: plágio no concurso público da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), ocorrido no último domingo. Em função desses acontecimentos, a seleção pública gerou desconfiança por parte dos candidatos que alegam ter pelo menos seis questões copiadas integralmente de outros processos seletivos, e encontradas facilmente em sites de busca da internet.

Os requerentes argumentam que a utilização das perguntas já existentes possibilitam o favorecimento de alguns candidatos, além de demonstrar a falta de organização do certame. Todas as questões, até então, encontradas e verificadas na rede são da prova de Informática, que são as de número 30, 33, 34, 38, 39 e 40.

Segundo o procurador da República, Max Palombo, o procedimento já foi instaurado e uma notificação enviada à Universidade. "Agora a UFPel tem dez dias para prestar informações e anunciar como irá proceder", completa. Isto é, a instituição tem até o dia 18 de setembro para prestar os devidos esclarecimentos e informar aos candidatos quais serão as decisões tomadas. Essa espera é caracterizada, de acordo com Palombo, como um período de apuração e verificação.

Em nota encaminhada à redação do Diário Popular no final da tarde desta quarta, a UFPel informou que recebeu as denúncias e que elas estão sendo devidamente analisadas. E promete manifestar as eventuais consequências o mais rápido possível. O certame recebeu 6.258 inscrições para preencher seis vagas no cargo de técnico-administrativo em Educação, com salário de R$ 2.446,96 e auxílio-alimentação de R$ 458,00.

Outras reclamações
Além do plágio, os candidatos relatam que foram disponibilizados rascunhos de gabarito em cima das carteiras - já identificadas - de cada participante, antes mesmo da entrega do caderno de questões e do cartão resposta. Diante dessa atitude, o grupo que realizou a denúncia acredita que possa ter sido colocado o gabarito para um candidato em específico.

De acordo com os denunciantes, também foi verificado, depois de uma comparação dos gabaritos dos últimos concursos elaborados para o mesmo cargo, que a alternativa correta das questões de número dois, 17 e 23 é a mesma em todos os outros processos realizados desde o ano de 2008. Na questão 25, a opção certa é a mesma desde 2010. Em um dos documentos encaminhados ao MPF, também há o relato de que houve conversas no banheiro sem a supervisão de um fiscal e a saída de uma candidata, com a prova em mãos, antes do horário autorizado. Essa, só ficou sabendo que foi liberada antes do permitido quando ligou o celular fora do ambiente de provas e verificou a hora. Para eles, isso demonstra mais uma falha da equipe.

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