Patrimônio

Cartão-postal à espera de melhorias

Iniciativas são produzidas pelo Poder Público para requalificar monumento do Laranjal

Gabriel Huth -

É manhã de sexta-feira no trapiche da Praia do Laranjal. A paz é rainha em um local tranquilo, silencioso e inequivocadamente bonito. Enquanto um grupo de pescadores busca de bagre a tubarão martelo, uma mulher descansa junto à sobrinha em um banco. Localizada ao fim da praia, a estrutura é patrimônio material e imaterial de quem por lá mora. Mas pode ainda melhorar. Atualmente, a prefeitura tem dois projetos para tal.

Vítima de ações naturais e da interferência humana ao longo do tempo, o trapiche do Laranjal foi por diversas vezes interditado por apresentar riscos aos usuários, os mesmos usuários que, alguns deles, colaboravam para a depredação. A última interdição ocorreu em 2015, pela Defesa Civil, e foi revertida em dezembro de 2017, após reforma feita pela prefeitura, que àquela época reivindicou a gestão do espaço, até então pertencente ao clube Valverde. Em setembro de 2018, a Justiça Federal decidiu em favor do Poder Público. "Não há óbice para que a União e o município de Pelotas, mediante convênio ou outro ajuste administrativo, assumam a manutenção e requalificação do trapiche em questão", afirmou no processo o juiz Everson Guimarães Silva.

Desde então a estrutura tem sido utilizada pela população, verdadeira dona do ponto do turístico. Antônio Gomes, pescador que mora logo em frente, é da opinião de que o local está melhor do que há quatro anos - embora precise ainda de mais reparos. "A prefeitura até faz trocas na madeira com frequência, mas em termos de estrutura falta ainda um pouco. Precisava de um acesso para cadeirante e banheiros, principalmente", comenta. Ele vê importância também na instalação de um guarda municipal para fazer a segurança e evitar a depredação.

Projetos

Após a Marinha definir que a estrutura não pertencia mais aos antigos proprietários, a prefeitura tornou-se apta a fazer melhorias. Desde então estão sendo feitas trocas de madeiras e intervenções, como a retirada da guarita da entrada - a motivação foi a segurança.

Atualmente, o Poder Público tem dois projetos para o trapiche, em diferentes órgãos: o primeiro, mais próximo da execução, é da Secretaria de Qualidade Ambiental (SQA). Diz respeito à construção de uma praça em frente ao local, com academia ao ar livre, brinquedos e um deck. O outro, a cargo da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), é estrutural e compreende desde a construção de uma estrutura para barcos até a troca da madeira pelo concreto. Ambos dependem de liberação de recursos da prefeitura.

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