Está suspensa a maior greve na rede estadual de ensino em 30 anos. Ao todo, foram 95 dias de paralisação. A decisão foi tomada por professores e funcionários em assembleia geral, na tarde desta sexta-feira, por ampla maioria. O retorno às aulas na segunda-feira não significará, entretanto, o fim das mobilizações. Foi o recado encaminhado pelo Cpers ao governo.

Atos, plenárias e novas paralisações - a cada não pagamento integral ao funcionalismo - estão previstos. "A greve está suspensa, mas está longe de ser o fim da nossa luta", reforçou o diretor do 24º Núcleo do Cpers-Sindicato, Mauro Amaral. A partir de agora, professores e funcionários preparam-se para o acordo de final de greve com o Palácio Piratini e adiantam um dos pontos que serão fortemente defendidos: a autonomia para cada uma das instituições debater e definir o calendário de recuperação dos dias parados.

Relembre
A greve foi deflagrada em 5 de setembro, após o governo de José Ivo Sartori (PMDB) depositar a menor parcela de salário aos trabalhadores: R$ 350,00. De lá para cá, a categoria fincou posição no cumprimento da Constituição Estadual, que estabelece o pagamento até o último dia útil do mês trabalhado. A manutenção de direitos, como triênios e licenças-prêmio, também tem despontado entre as reivindicações.