Chuvarada

Chuva e transtornos na região

Temporal que começou na noite desta segunda-feira deixa mais de 60 mil clientes sem luz na região sul

Paulo Rossi -

Por: Cíntia Piegas e Roberto Giovanaz
[email protected]

O temporal que iniciou na madrugada desta terça-feira provocou estragos em Pelotas e na região. 

Em Pelotas, o Sanep registrou 58 milímetros de chuva entre a segunda e terça-feira. O Centro de Pesquisas e Previsões Meteorológicas (Cpmet) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) contabilizou 34,5 milímetros da meia-noite até às 9h de hoje. Ventos de 70km/h atingiram a região durante a noite, além de relâmpagos e chuva forte. 

Um alerta foi divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para quase todo o Rio Grande do Sul nesta terça-feira. Entre os riscos apontados, estão ventos entre 30 e 60 km/h, queda de granizo e possibilidade de chuva entre 50 e 100 milímetros ao longo do dia. 

Com a queda de árvores, regiões da cidade ficaram sem energia elétrica nas primeiras horas da manhã. Um boletim divulgado pela CEEE às 15h apontava para 120 mil clientes sem energia elétrica: 25 mil na Campanha, 24 mil na Costa Doce, 11 mil entre Pelotas e Dom Pedrito e outras duas mil no Litoral Sul. A principal causa, apontada pela CEEE, é o vento e queda de árvores. 

“Já restabelecemos quase todos alimentadores pela madrugada e pela manhã e equipes estão trabalhando para normalizar o fornecimento aos clientes o quanto antes. O número de atingidos está variando muito rapidamente devido a manobras e normalização destes alimentadores”, informou Alexandre de Ávila, gerente regional da CEEE. 

Problemas pela cidade

Alagamentos foram registrados em diversas ruas. No Porto, a rua Três de Maio na altura das ruas José do Patrocínio e Dona Mariana ficou intransitável devido ao acúmulo de água na rua. Um bueiro no meio da rua, ao invés de auxiliar no escoamento e drenagem, devolvia água à superfície. 

O problema é crônico e acontece nos dias de chuva mais intensa, comenta o morador Carlos Betemps, 67 anos, comerciante e morador da região. Também moradora da Três de Maio, Carla Tomaz, 52, disse que, nos últimos anos, a água invadiu a residência três vezes. “Falta manutenção na rede de drenagem. Não está dando conta de tanta água”, comentou Betemps. Outra rua com problemas na região foi a Álvaro Chaves, que ficou com uma lâmina d’água em grande parte. 

No Laranjal, moradores relataram problemas na Avenida Senador Joaquim Augusto Assumpção, onde um ônibus atolou. No Barro Duro, uma árvore caiu na Praça Aratiba e danificou a fiação elétrica da região, onde ficam duas escolas municipais e uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Aulas foram suspensas até que a CEEE providencie o reparo - a UBS manteve atendimento normal, mesmo sem energia. 

No Areal, o problema novamente foi na rua Mário Peiruque. Quem vinha da avenida República do Líbano encontrava os primeiros percalços na esquina da rua 39. O acúmulo de água na via chegou a tapar um quebra-molas sem sinalização de placas. Comerciante e morador da área, Jadison Lima da Silva, 58, também afirmou que o problema é crônico e soluções precisam ser providenciadas pela prefeitura. “Qualquer chuva a Mário Peiruque fica assim. Só passa caminhão e fazem ondas que chegam nas casas”, comentou. 

Para diminuir os estragos

A falta de energia elétrica no reservatório Sinott causou desabastecimento na Vila Princesa, Sanga Funda, Sítio Floresta e Areal Fundos. Todas as casas de bombas funcionam a pleno com equipes de manutenção que trabalham, sobretudo, na retirada de lixo carregado pela chuva. 

Conforme informações divulgadas pela prefeitura, durante a manhã a Defesa Civil recebeu um chamado na rua Santa Cruz, onde uma casa ficou destelhada próximo ao Porto. A Defesa Civil recebeu relatos de queda de granizo no Fragata e Zona Norte, além do 5º Distrito, na Cascata. Não foram registrados, no entanto, estragos. 

Região atingida

No centro de Bagé, árvores de uma praça foram arrancadas pela raiz e o volume de chuva foi intenso. Em Dom Pedrito, metade da cidade foi atingida pelo vento, o que destelhou casas, escolas e até a delegacia. Foram registrados mais de 80 milímetros de chuvas em Pedras Altas e Jaguarão, conforme a Defesa Civil. Outra cidade que também foi atingida pelo temporal foi Santana do Livramento. 

Mais chuva até sábado

A previsão é que mais chuva caia na região nesta quarta-feira. Não está descartado a queda de granizo e trovoadas em pontos isolados, assim como ocorreu nesta terça-feira. “Tempo permanece instável em função de uma frente fria associada a áreas de instabilidade”, informou a meteorologista Vladair Morales de Oliveira, do Cpmet. A previsão é que na quinta-feira o tempo fique nublado e a chuva retorne na sexta e no sábado. 

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