Saúde

Com doença rara, pelotense espera transferência para Porto Alegre

Lucas Alves de Oliveira, de 22 anos, corre risco de morte por sangramento

Foto: Divulgação - Lucas está no Hospital Escola aguardando transferência para a capital

Em pleno Natal de 2023, Lucas Alves de Oliveira, de 22 anos, foi internado com dor abdominal e febre. Transferido para o Hospital Escola da UFPel (HE) para investigar a situação, os médicos o diagnosticaram com uma neoplasia rara que não tem tratamento em Pelotas. Um atestado médico da última semana detalha que Lucas possui um tumor raro e que é necessário o atendimento por um centro de alta complexidade oncológica.

Atualmente, ele não está recebendo nenhum tratamento - apenas morfina para suportar as dores, mas continua em UTI devido a uma anemia severa, necessitando de transfusões sanguíneas frequentes e com o risco iminente de morte por sangramento.

Há um mês, Lucas foi inscrito no Gerint, sistema de regulação de leitos do Estado, na tentativa de ser transferido para hospital de alta complexidade em Porto Alegre, onde poderá ter um atendimento apropriado. Desde então, a família aguarda por um leito para ele.

A suspeita dos médicos é de que Lucas tenha a síndrome genética de Osler-Weber-Rendu, também conhecida como telangiectasia hemorrágica hereditária, uma doença rara que acomete diversos órgãos com a malformação de vasos sanguíneos que os torna frágeis e propensos a hemorragias.

A família entrou na justiça exigindo que a Secretaria Estadual de Saúde (SES) realizasse a transferência do paciente para uma unidade adequada. No último dia 5, a Justiça determinou que o Estado forneça a internação de Lucas em leito hospitalar de alta complexidade, no entanto, a família continua aguardando uma providência por parte da SES.

As secretarias estadual e municipal de saúde foram questionadas sobre o caso de Lucas. A SES respondeu que em respeito à Lei Geral de Proteção de Dados não divulga dados de pacientes específicos. Segundo a Secretaria, "pacientes que necessitam de atendimento especializado são regulados conforme avaliação técnica de profissionais de saúde do município de origem e da Central de Regulação. É esta avaliação que determina as prioridades e o momento adequado e seguro para a realização de procedimentos e transferência de pacientes."

Já a diretora de regulação da Secretaria de Saúde de Pelotas (SMS), Caroline Hofmann, diz que o Município não possui gerência sobre esse tipo de transferência e que encaminhou a demanda ao governo do Estado. Ela diz ainda que o HE já solicitou a transferência, mas que "a liberação de leitos e o aceite do pacientes na capital, não depende da gestão municipal de Pelotas, mas sim da regulação hospitalar de Porto Alegre".

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