Olhar ao próximo
Começa a Campanha da Fraternidade
Lançada nesta quarta, ela traz a temática Fraternidade e Políticas públicas e prevê ações para o período da Quaresma
Jô Folha -
Começou nesta Quarta-feira de Cinzas (6) o período da Quaresma. Com ele, a Igreja Católica no Brasil lança também a Campanha da Fraternidade. Promovida pela Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB), o tema para 2019 é Fraternidade e Políticas Públicas, tendo como inspiração o versículo bíblico "Serás libertado pelo direito e pela justiça", retirado de Isaías, 1,27.
A campanha ocorre desde 1964, lembra o padre Luiz Boari, da Catedral São Francisco de Paula. Ele explica que os temas são escolhidos à luz de uma necessidade social e humana, e as políticas públicas englobam-se nisso. Na Catedral, houve celebração de lançamento, assim como em outras igrejas. Em Pelotas, ações específicas ainda serão definidas, mas o certo é que, ao longo do ano, outras atividades irão versar sobre a temática.
O tempo de Quaresma, sempre marcado por ser de penitencias e renúncias, é destacado pelo padre também como época para aproximar-se desse tema. Definido por ele como o "tripé" cristão, ações de jejum, caridade e oração podem ser também voltadas à temática da política pública. "O cristão vai buscando sua conversão e amadurecimento", explica.
Escolha do tema
O padre Luiz comenta que, embora pareça que a Igreja está entrando em um terreno que não é o seu, ela é um ator da sociedade. "Na verdade, o sonho de Deus e da Igreja é um mundo justo e fraterno". Por lidar com pessoas, ele diz ser necessário atuar também para levar a Constituição em frente, buscando a justiça em políticas públicas. "É sem partidarismo. A Igreja não tem esse interesse", garante, explicando que a política visa o todo e a ação servirá de estímulo.
Papa envia mensagem de apoio
Em seu site, a CNBB publicou a mensagem enviada por Papa Francisco, e lida por dom Leonardo Steiner, secretário-geral da entidade. Ele citou a campanha como um "caminho pessoal e comunitário em direção à Páscoa de Cristo". Francisco também destacou a importância do cristão em buscar participação ativa na sociedade como forma de amar ao próximo, permitindo uma construção cultural baseada no direito e na justiça.
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