Instrução
Como interpretar as notícias sobre a Covid-19
Live do médico e professor da Universidade Católica de Pelotas, Fernando Barros, viraliza e está disponível no site do Diário Popular
Divulgação -
Era para ser uma palestra a alunos de pós-graduação da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), mas a live do médico e coordenador do Mestrado Profissional em Saúde no Ciclo Vital da Católica e colaborador de pós-graduação do Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelota (UFPel), Fernando Barros, ultrapassou as três mil visualizações no YouTube. Em pouco mais de uma hora, o especialista detalha os fatores que devem ser levados em conta quando uma notícia é repassada na mídia. Um verdadeiro diagnóstico do novo coronavírus em Como entender o que a imprensa diz sobre a pandemia de Covid-19.
“A ideia foi elaborar um material pensando como aluno. Procurei fazer algo simples, utilizando material científico, mas com abordagem que atingissem não só alunos”, justifica Barros, que também é doutor em Epidemiologia pela Universidade de Londres. Mas o professor não imaginou que a live (veiculada no dia 13 de maio) teria um alcance surpreendente. “Recebi manifestações de Buenos Aires e de Montevidéu”, diz surpreso.
No material apresentado, o médico atenta para certos elementos que os noticiários não aprofundam, como por exemplo a comparação numéricas de contaminados e de mortes entre países. “É preciso lembrar que certos lugares na Europa estão um ou dois meses à frente do Brasil, que ainda está na curva ascendente.” Para o professor, é preciso lançar sempre um olhar crítico aos conteúdos veiculados na mídia pela quantidade e velocidade com que chegam à população. “Com uma avalanche de informações, por exemplo, muitos artigos científicos são publicados em revistas sem muita revisão”.
Confira o vídeo no YouTube:
Epicovid-19
Como a live foi no mesmo dia em que o reitor da UFPel, Pedro Hallal, e o governador do Estado, Eduardo Leite (PSDB), divulgaram os resultados da terceira etapa da pesquisa da Epicovid-19, Fernando Barros aproveitou para explanar sobre o estudo e, principalmente, a diferença entre o teste PCR, que detecta o próprio vírus e ocorre na fase aguda da doença, e o teste rápido anticorpos, aquele que detecta se o corpo já tem defesa ao vírus (se manifesta de dez a 14 dias após a infecção), elementos que auxiliam no entendimento dos números do Ministério da Saúde. O especialista adiantou que a quarta etapa se inicia neste final de semana, sendo que a instituição de ensino já conseguiu financiamento para executar a quinta e sexta etapas.
Ponto de vista
Para o doutor em Epidemiologia, a Zona Sul do Estado está muito melhor em relação a outros estados, mas é difícil dizer com clareza a motivação. “Acho que estamos mais protegidos da entrada do vírus, se comparado a São Paulo, Rio, Fortaleza e Manaus”, observa. Barros questiona como será daqui para frente, com a chegada do inverno. “É preciso fazer o distanciamento da melhor forma possível e, enquanto não houver uma vacina ou medicamento, cuidem-se”.
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