Preocupação

Conta de água mais cara provoca susto

Moradores do Residencial Azaleia, no Areal, foram surpreendidos pela última cobrança do Sanep com aumentos que consideram abusivos

Carlos Queiroz -

Quando abriu o boleto do Sanep esta semana, Natasha Abreu, 26, ficou de queixo caído. A conta, que costumava ser de R$ 31,00, desta vez saltou para R$ 127,00. Desempregada e morando com a mãe, o marido e o filho em um dos apartamentos do Residencial Azaleia, não entende o que pode justificar tamanho aumento de um mês para outro. E também não sabe como pagar, já que a renda atual da família não passa de R$ 250,00.

Não é um caso isolado. Assim como a família de Natasha, todas as outras que vivem no residencial destinado a moradores de baixa renda no Corredor do Obelisco estão assustados com os boletos. Vários dizem já ter recorrido ao Sanep em busca de pelo menos uma razão que explique o salto na conta. Todos sem sucesso. Iolanda Nogueira, 33, explica que não tem gastado mais água. Ainda assim, sua fatura foi subindo até chegar a R$ 148,00 este mês.

“Estamos aguardando uma explicação para isso. Tem gente aqui que de uma hora para outra recebeu cobrança de R$ 260,00. Quem consegue gastar isso de água? Como as pessoas vão comer, pagar a prestação do apartamento?”, questiona a agente comunitária de saúde Márcia Lameirão, 33, integrante da comissão de moradores. Segundo ela, até o momento o único retorno que algumas famílias receberam de funcionários da autarquia foi de que o valor cobrado está de acordo com o consumo apontado na medição dos hidrômetros.

Para o diretor-presidente do Sanep, a queixa sobre os boletos é uma novidade. Segundo Alexandre Garcia, nenhuma reclamação formal foi feita pelos moradores do Azaleia. Mesmo assim, afirma que uma verificação caso a caso pode ser realizada. “Cada apartamento tem o seu hidrômetro e pode ter ocorrido que nas faturas anteriores não tenha sido levado em conta o efetivo consumo de água, levando a um acúmulo na leitura atual. Somente uma análise poderá dizer se há erro ou não”, explica.

Garcia aponta ainda a possibilidade de que os consumidores de baixa renda solicitem à autarquia a tarifa social, que garante valor reduzido na conta. Para isso, é necessário estar incluído no Cadastro Único do governo federal ou, caso não faça parte do cadastro, pedir o valor diferenciado diretamente ao Sanep, que fará a avaliação da família.

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