Economia
Conta de luz pode ficar mais barata
Por determinação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), companhias passaram a oferecer aos consumidores a nova modalidade, benéfica àqueles que não consomem o serviço durante os horários considerados de pico
Uma nova maneira de economizar na conta de energia elétrica já está disponível para todo o país. Por determinação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a partir de 1º de janeiro de 2018 as companhias de energia dispõem da tarifa branca para um grupo específico de consumidores. A modalidade beneficia aqueles que não consomem energia elétrica durante os períodos considerados de pico.
A adesão à tarifa é voluntária por parte do consumidor. Pode optar por ela quem tem média anual de consumo acima de 500 kW/h mensais e utiliza a rede de baixa tensão. Hoje, 99,68% das unidades consumidoras da Companhia Estadual de Energia Elétrica - Distribuição (CEEE-D) são ligados à baixa tensão. Para solicitar o serviço, o cliente deve ligar para o telefone 0800-721-2333 ou comparecer a alguma agência da companhia. Em Pelotas, está localizada na praça 20 de Setembro, 121, e atende de segunda a sexta-feira das 8h15min às 16h15min.
A tarifa branca possui três valores para o kW/h, variando de acordo com o horário. Nos períodos em que a demanda energética costuma ser maior para a companhia, das 18h às 20h59min, a tarifa fica 88% mais cara. Uma hora antes (das 17h às 17h59min) e uma hora depois (das 21h às 21h59min) desse tempo o valor do kW/h é 22% mais alto em relação à tarifa convencional. Das 22h às 16h59min os consumidores da tarifa branca pagam 15% a menos pela energia elétrica.
Os valores são para clientes residenciais e o período se refere ao horário oficial de Brasília. No horário de verão, deve-se adicionar uma hora a mais. Nos fins de semana e feriados nacionais a tarifa branca vigora durante o dia inteiro. O desconto máximo que o usuário poderá obter é 15%. Para isso, é necessário que não esteja sendo consumido nada de energia elétrica nos horários de ponta e intermediário.
De acordo com Lucas Nunes, chefe da Coordenadoria de Regulação da CEEE-D, a intenção da tarifa é mudar os hábitos da população. Para obter vantagem na modalidade, o consumidor deve reduzir o gasto de energia elétrica ao máximo nos horários de ponta e intermediário, quando a tarifa é mais alta. “É preciso observar os hábitos de consumo de energia”, orienta. Se o consumo for alto no período de preço mais elevado, a conta poderá vir ainda mais cara.
Para a companhia, a tarifa branca não é tão vantajosa assim. Como a adesão a ela não é obrigatória, a expectativa é de que seus usuários sejam clientes que já não façam uso de energia nos horários com maior demanda. Desse modo, a CEEE irá arrecadar menos e o perfil de consumo dos usuários tende a se manter o mesmo, explica o chefe da regulação. Isso, segundo ele, pode refletir em um futuro aumento no valor do kW/h a todos os consumidores, pois os gastos em investimento e manutenção devem ser mantidos.
No próximo ano, aqueles que consomem acima de 250 kW/h devem começar a ser contemplados pela tarifa. A partir de 2020 não deverá haver restrição de consumo para optar pela tarifa branca. Quem aderir à tarifa e se arrepender pode solicitar à CEEE para retornar à cobrança convencional. A companhia tem até 30 dias para efetuar a mudança. Se desejar retornar à tarifa branca, o consumidor deverá esperar 180 dias.
Aumento aprovado
Desde o mês de dezembro, a conta de energia elétrica está 29,3% mais cara para os consumidores residenciais e as indústrias estão pagando 33,54% a mais. O aumento foi aprovado pela Aneel no último dia 19 e publicado no Diário Oficial da União em 21 de dezembro. O consumidor deve sentir a mudança nas contas dos meses de janeiro e fevereiro, dependendo do dia em que a CEEE realiza a leitura do medidor.
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