Pacto pela Paz
Conte Comigo chega ao Residencial Azaleia
Programa vai capacitar mães para estreitarem laços com os filhos e prevenir situações de violência
Começaram ontem os encontros de mães do Residencial Azaleia, no Dunas, para o compartilhamento de histórias com seus filhos. O Conte Comigo, metodologia utilizada no eixo de prevenção do Pacto Pelotas pela Paz, busca o desenvolvimento familiar e socioemocional de crianças, especialmente com idades entre três e seis anos. Observando livros muito coloridos, oferecidos pela prefeitura, mães e filhos desenvolvem as histórias a partir do interesse dos pequenos. É um momento de interação e qualquer assunto pode surgir quando afloram situações e sentimentos.
Em Pelotas, a metodologia começou a ser aplicada pelo Programa Primeira Infância Melhor (PIM) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) em 2018. Desde então, já foi realizada pelo município na Unidade Básica de Saúde (UBS) Fraget, no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) I, Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Fragata e em diversas escolas. A inserção no Azaleia, em parceria das secretarias de Saúde e de Habitação e Regularização Fundiária (SHRF), é um projeto-piloto para a utilização do método nos condomínios populares do Minha Casa, Minha Vida.
Serão realizados oito encontros temáticos, um por semana. Neles, a assistente social e facilitadora do grupo, Daiane da Rosa Ugoski, apresentará a metodologia, mostrará o material, exibirá um vídeo sobre a etapa, e cada mãe começará o compartilhamento com seus filhos. Nos sete primeiros encontros, cada criança receberá um livro e cada mãe um cartão com dicas. No último, todos os materiais serão utilizados.
Na reunião coletiva, o compartilhamento precisa ser feito seguindo todos os protocolos de prevenção ao coronavírus, inclusive o uso de máscara. Daiane explica que, com a máscara, se perde um pouco das reações, já que dificulta a identificação das expressões faciais, mas em casa elas seguirão com as atividades, por pelo menos dez minutos por dia, e poderão estar sem máscaras. Além disso, ela garante que mesmo que a mãe não seja alfabetizada o trabalho pode ser realizado, pois não envolve leitura, mas o desenvolvimento de histórias a partir de imagens.
Metodologia
Com base nas histórias, podem ser identificadas situações de violência, insegurança e outros sentimentos que precisam ser trabalhados, tanto nos adultos quanto nas crianças. Com a metodologia, serão apresentadas outras formas de as famílias se relacionarem, a busca por soluções não violentas para os conflitos, o estímulo à criatividade, entre outros benefícios. A síndica do Residencial, Taís Furtado, mãe de três meninas diz que espera descobrir suas dúvidas, medos, que ela faça mais perguntas, aprenda o certo e o errado, “porque criança não fala tudo”, resume. “Eu amo ser mãe. Eu ultrapasso meus limites, erros e medos para cuidar delas”, declarou. Na prefeitura de Pelotas, 18 profissionais foram capacitados em 2019, pelo Instituto Cidade Segura.
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