Ninguém entra
Cpers tranca entrada da 5ª CRE na manhã desta segunda-feira
Sindicato continuará reunido no local até o fim do dia; objetivo é pressionar o governo estadual a respeito do parcelamento dos salários dos professores
Gabriel Huth -
Funcionários da 5ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) de Pelotas encontraram o local de trabalho de forma diferente na manhã desta segunda-feira. Com faixa "Parcelar salário é crime, fora Sartori" e placas que estampavam as palavras "violência", "destruição" e "mentira", professores e funcionários da rede estadual de educação trancaram a entrada da Coordenadoria, na rua Barão de Butuí, 406. A manifestação, batizada pelo Cpers (Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul) de "trancaço", começou às 7h e continuará até 17h30min, horário que marcaria o fim do expediente da unidade.
O ato reuniu 60 pessoas. De acordo com o diretor-geral do Cpers em Pelotas, Mauro Amaral, todas as coordenadorias do Estado serão fechadas pelo sindicato pelo dia de hoje. O objetivo, diz, é pressionar o governo estadual a apresentar uma proposta concreta a respeito do parcelamento dos salários dos professores. A categoria teve o 22º parcelamento em setembro. "A continuidade do ano letivo depende do governo, desde que nos apresente uma proposta concreta", afirma, ressaltando que tem tido audiências com a gestão, mas que nenhuma proposta que a categoria esteja disposta a aceitar foi feita.
Ricardo Moreira, professor há 30 anos, avalia a greve como a única alternativa que os educadores têm. Para ele, o fato de que a categoria não encontra soluções no diálogo com o governo demonstra "o descaso que ele (Sartori) tem com a educação. Os alunos estão sem aula e o governo não demonstra nenhuma tentativa de resolver a situação", fala.
No dia 19, a Secretaria de Educação (Seduc) reuniu as Coordenadorias Regionais para orientar que os alunos sem aula devido a greve sejam remanejados para escolas em funcionamento. Para Mauro, a proposta "é mais um tiro no pé" do governo. "É inviável. É uma proposta de gabinete, de quem não conhece uma escola pública. Como ficará o conteúdo de quem está sendo remanejado. Como ficarão os dias letivos? O aluno vai entrar com 40 dias atrasado?", questiona. Em greve há 49 dias, o sindicato calcula adesão de 80% em Pelotas, 70% em todo o estado.
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