Saúde pública

Crise na Santa Casa ganha caminhada em Pelotas

Cerca de 150 pessoas foram às ruas para pedir apoio à instituição

Gabriel Huth -

Uma caminhada na manhã desta quarta-feira (12) marcou um pedido de socorro à Santa Casa de Misericórdia de Pelotas, que enfrenta grave crise financeira. Cerca de 150 pessoas deixaram a frente do hospital e partiram rumo à prefeitura, onde, em palmas, fizeram coro de "Saúde unida jamais será vencida" e "Santa Casa".

Cartazes de Todos pela Santinha, Somos solidários, Saúde em luto, Santa Casa pede socorro e Salário parcelado há mais de um ano procuraram chamar a atenção da comunidade. Afinal, a instituição tem interrompido serviços nos últimos meses. Já são 40 leitos clínicos e a Maternidade fechados. E o pior: o atendimento de traumatologia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) também corre o risco de ser suspenso a partir de dezembro. Tudo pelo mesmo motivo: defasagem na tabela do SUS há 14 anos e repetidos atrasos no repasse de verbas do Governo do Estado, que desestabilizam ainda mais as finanças. Atualmente, o déficit mensal chega a R$ 1,3 milhão.

Ao participar da mobilização, o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Luiz Belletti, afirmou que a entidade elabora documento
que buscará forçar o reajuste da tabela do SUS, que alastra dificuldades no caixa de diferentes hospitais pelo país. A intenção é de que o texto seja aprovado em plenária estadual, ganhe versão nacional e chegue à Ordem dos Advogados do Brasil, como apelo para que a OAB ingresse com ação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) e exija que o governo federal eleve os valores.

"Essa situação está atingindo toda a população. Precisamos que a OAB nos ajude e interceda junto ao Supremo, que é o órgão máximo para cobrar a União", reforçou Belletti. Contatos também já foram feitos junto ao Ministério Público Federal (MPF).

Participe!
À tarde, às 13h, funcionários da Santa Casa - que podem deflagrar greve a partir desta quinta-feira - concentram-se em frente ao hospital para nova caminhada, que deve sair em direção à prefeitura por volta das 14h. Além de cobrar o pagamento de 70% dos salários de agosto que permanecem pendentes, os trabalhadores preocupam-se com a interrupção de serviços. Na prática, com a estrutura enxugada, perde a população e perde também a categoria, que fica com os empregos ameaçados.

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