Pet
Cuidado com o carrapato
Primo das aranhas, inseto se multiplica no verão e pode transmitir doenças ao seu pet
Divulgação -
Sol. Verão. Calor. Pode não agradar a todos, mas esta é a época do ano preferida dos carrapatos. Isso porque estes parasitas têm o verão como estação ideal para seu período reprodutivo e aumentam sua população. Além de coceiras, esse bicho pode transmitir doenças e causar anemia, em casos mais graves. Por isso, o médico veterinário Vinicius Machado Ferreira esclarece pontos importantes e dá dicas de como combater a praga.
Devido o hábito de fazer sua própria higiene, gatos estão menos expostos a este parasita. Já os cães precisam de mais atenção. Esperto, o carrapato tem em sua saliva substâncias anestésicas que, após algumas sucções, impossibilita o animal de perceber sua presença.
Como evitar
Em casa, deve-se estar atento a buracos no assoalho ou acumulados de entulho onde o carrapato possa fazer ninhos. Parques e pátios com grama também são locais que agradam o inseto. Para evitar a contaminação, higiene do local, banhos regulares e uso de coleiras especiais são as formas mais eficazes de prevenção. Comumente usado como tratamento caseiro, a limpeza com produtos cáusticos não garante proteção contra o parasita.
Não bastasse o incômodo da coceira, o carrapato ainda pode afetar o sistema circulatório de seu hospedeiro. Assim como o mosquito, o aracnídeo é vetor de doenças como a popularmente conhecida “doença do carrapato”. O nome genérico é dado a praticamente todas as doenças causadas pela presença do parasita, que pode despejar bactérias e protozoários no sistema circulatório do animal. Estes microrganismos atacam as células do sangue e causam sério quadro de anemia. Na fase inicial, o animal apresentará a conhecida “tristeza parasitária”, que consiste em febre, dor articular, aumento do baço e manchas na pele e mucosas. A identificação precoce da doença é fundamental para uma recuperação tranquila.
Tratamento
Animal com carrapato é sinal de alerta, mas não deve causar alarde em um primeiro momento, pois nem todo carrapato é necessariamente transmissor de doenças. Recomenda-se sempre a consulta a um profissional médico veterinário, que poderá analisar o quadro e indicar a melhor forma de combater a infecção. A simples remoção caseira é eficaz, mas, por vezes, pode não ser feita da forma mais adequada. Quadros avançados devem ser tratados com medicamentos antibióticos, mas um removedor específico pode ajudar para uma remoção completa. Deve-se tomar cuidado também com a internet, pois existe muito conteúdo na rede, e cada caso é um caso, alerta o veterinário.
Sequelas
O animal que superar uma infecção ou doença do carrapato não carregará nenhuma sequela para sua vida. Também não irá adquirir imunidade e poderá voltar a apresentar a doença caso seja exposto novamente. Por vezes, o tratamento errôneo ou incompleto pode acabar com os sintomas, porém, o animal seguirá portador da doença agora em sua fase clínica. Nessa fase, a própria imunidade é capaz de conter a doença. A situação é perigosa, pois qualquer fator que diminua a proteção pode desencadear um quadro mais sério da doença, podendo levar inclusive ao óbito.
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