Prevenção
De um lado, a luta contra o Aedes; de outro, o descaso
Para ajudar na eliminação dos criadouros, a pulverização de inseticida tem sido uma das alternativas no combate ao inseto
Carlos Queiroz -
Durante a tarde desta segunda-feira, o Comitê de Crise de Saúde promoveu diversas ações de combate ao Aedes aegypti em Pelotas.
Buscando possíveis focos do mosquito, agentes da Vigilância Sanitária percorreram um raio de 300 metros em torno da Praça da Alfândega. A iniciativa do Departamento de Vigilância Epidemiológica é um reflexo positivo de ações que deram certo em anos anteriores.
Enquanto os operários de saúde ambiental pulverizavam as vias públicas, os agentes de saúde visitavam casas e apartamentos que ficam próximos à praça. Segundo a agente Elis Falcão, 27, durante as visitas, além da inspeção, são repassadas algumas orientações à comunidade como, por exemplo, não deixar água parada em vasos de plantas, lavar os ralos com água sanitária e evitar o acúmulo de água em objetos que ficam em áreas externas. “Nos terrenos baldios recolhemos os materiais com água parada e aplicamos larvicida quando não é possível a retirada”, completa.
Sabendo das orientações, Paulo Balreira, 50, já estava prevenido. O pelotense, que aluga casas dentro de um mesmo pátio, próximo à Praça da Alfândega, faz questão de alertar os inquilinos quanto às práticas de combate ao mosquito. “Aqui nós não possuímos plantas e sempre escoamos os baldes para evitar ao máximo deixar água parada”, conta.
Para ajudar na eliminação dos criadouros, a pulverização de inseticida tem sido uma das alternativas no combate ao inseto. Popularmente conhecido como fumacê, o produto, que é aplicado nas ruas, possui ação temporária e, por esse motivo, como conta a operária Cleneci Furtado, atua como suporte no processo de limpeza.
Além das ações pontuais, a Secretaria de Serviços Urbanos e Infraestrutura (Ssui) esteve recolhendo materiais descartados pelos moradores da região. De acordo com o superintendente de ações em saúde, Franklin de Souza, a expectativa é de que as operações continuem conforme a necessidade. “Faremos vistorias quinzenais em diversos bairros da cidade”, declara. E ainda ressalta que devido à força-tarefa, realizada em 2016, somente três focos do Aedes foram encontrados em Pelotas.
Contudo, enquanto a higienização ocorre no Porto, outro ponto da cidade sofre com a ação de algumas pessoas. Centenas de pneus são simplesmente jogados ao longo da estrada do Engenho. Apresentando sérios riscos à população, o local é um verdadeiro chamariz para os insetos, pois, além dos pneus, é possível encontrar lâmpadas quebradas, sacos plásticos e até mesmo eletrodomésticos descartados. O mais preocupante é que, expostos à chuva, esses materiais tornam-se ambientes perfeitos para o desenvolvimento das larvas e a proliferação dos mosquitos.
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