Atraso

Demitidos cobram pagamentos

Cerca de 65 funcionários dispensados por empresa que presta serviços à prefeitura ainda não receberam valores da rescisão

Paulo Rossi -

Cerca de 65 funcionários da empresa Labor Serviços de Asseio e Conservação Ltda, em Pelotas, foram demitidos no mês de janeiro, mas ainda não receberam os valores da rescisão. A empresa presta serviços à prefeitura desde 2016. Como resultado dos cortes de gastos previstos para este ano, a Labor diminuiu em 20% seu quadro funcional.

Nelton Morais Gonçalves é um destes demitidos. Segundo o trabalhador, no seu caso, o aviso prévio foi dado no dia 9 de janeiro e a demissão efetivada no último dia do mês. Porém, para o pagamento da rescisão, a empresa alega não ter recursos e apenas marca reuniões, sem real avanço. Segundo Nelton, duas reuniões já foram realizadas e uma nova está marcada para o dia 11 de março. “Crise, corte de gastos, demissão... Essas coisas acontecem, é natural. O que não pode é não pagar o que é nosso por direito”, reclama o trabalhador.

O Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação de Pelotas (Seeac), representante da classe, confirma a situação. Paulo Carvalho, secretário geral da instituição, diz que há cerca de seis meses vem enfrentando problemas com a empresa. Ele afirma ter em arquivo diversas reclamações ao longo do último ano por atraso e não pagamento de férias. Após as demissões no início do ano, muitos procuraram o sindicato para buscar saber o que tinham a receber e, nesse momento, foi constatado também que a empresa não fazia depósitos regulares ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS ) desde novembro de 2018.

O que diz a empresa?
Lovaglio Madruga Rodrigues é supervisor operacional da empresa em Pelotas. Ele diz que foi pego de surpresa pelo anúncio de corte de gastos da prefeitura e, por isso, foi incapaz de realizar o pagamento. Rodrigues reconhece as dívidas em atraso, mas está fazendo todo o possível para cumprir os compromissos ainda no mês de março. Uma nova reunião com o Seeac está marcada para o dia 11.

Quanto ao não depósito do FGTS, ele diz se tratar de um mal-entendido burocrático junto à Caixa Econômica Federal. Afirma que este pagamento foi feito, e em breve a situação será esclarecida. O supervisor lembra que, em três anos de trabalho junto ao município, a Labor sempre honrou seus compromissos e nunca atrasou os pagamentos. Por isso, pede por credibilidade na resolução do impasse.

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