Variação
Diferença entre no preço da gasolina entre Pelotas e Rio Grande chama atenção
Enquanto pesquisa do Procon aponta preço médio do combustível a R$ 4,867 nos postos pelotenses, no município vizinho pode ser encontrado por R$ 4,279
Carlos Queiroz -
Cerca de 60 quilômetros e um pedágio separam as duas cidades. No entanto, mesmo Rio Grande estando ainda mais distante das refinarias de petróleo em comparação com Pelotas, a diferença no valor cobrado pela gasolina comum chama a atenção de quem precisa abastecer o veículo.
O Procon pelotense faz levantamentos mensais dos preços de 45 postos das principais ruas e avenidas do município. A análise mais recente, do último dia 9, aponta uma média de R$ 4,867 na cobrança pelo litro de gasolina comum. No município vizinho, a tabela da Agência Nacional do Petróleo (ANP), atualizada no último dia 6, mostra um preço médio de R$ 4,708. O Diário Popular chegou a encontrar o combustível por R$ 4,279 em Rio Grande, enquanto a mesma rede oferece o produto por R$ 4,739 em Pelotas.
De acordo com Nóris Finger, especialista em Direito do Consumidor do Procon, a explicação pode estar em diversos fatores, sendo o mais provável a questão da concorrência mercadológica. A composição do preço pode variar de uma empresa para a outra. Embora a maioria costume trabalhar com até 12% de margem de lucro, alguns optam por ganhos menores no litro para tentar conseguir atrair mais consumidores. Além disso, mesmo os postos de rede podem ser de diferentes proprietários e os que possuem caminhão próprio para transporte ou adquirem grandes quantidades do combustível podem vir a negociar com a refinaria por melhores preços, refletindo nos valores cobrados ao consumidor final. "A nossa preocupação é com a informação na placa, na bomba e na qualidade do combustível. A partir daí, é livre mercado", define.
No entanto, a questão é de difícil aceitação para o consumidor. Estudante do curso de Administração, Rafael Bacim costuma usar bastante o carro no dia a dia e, com o entendimento de que Pelotas possui uma das gasolinas mais caras da região, lamenta a falta de uma refinaria mais próxima para baratear os custos. "Não compensa, mas dá vontade de ir ali em Rio Grande abastecer. A diferença é muito significativa", afirma.
O diretor regional do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Estado do Rio Grande do Sul (Sulpetro), Henrique Moreira, também tem o entendimento de que a concorrência é quem define o preço e por isso os valores podem variar tanto de uma região para outra. "É natural. Funciona como qualquer outro produto", defende. O Diário Popular consultou a rede citada anteriormente e seu setor comercial ateve-se a, também, citar questões mercadológicas como a responsável pela diferenciação no preço.
Outros dados
No levantamento do Procon Pelotas, o menor preço registrado no município foi de R$ 4,689 e o maior R$ 4,999. Já os dados da ANP para Rio Grande apontam o mínimo de R$ 4,479 e o máximo de R$ 4,899. O posto onde o Diário Popular encontrou o combustível ofertado por R$ 4,279 fica às margens da BR-392.
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