Por Cíntia Piegas e Laura Marques
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Uma placa de sinalização na rua Padre Anchieta esquina Voluntários da Pátria, centro de Pelotas, tem causado estranheza e foi parar nas redes sociais. Com os dizeres "exclusivo motocicletas", a estrutura está localizada em frente a uma garagem. Na prefeitura, o local está registrado como um comércio e a Secretaria de Transportes e Trânsito (STT) afirma que os responsáveis pelo prédio deveriam ter retirado as rampas de acesso.

Segundo o chaveiro Roberto Lopes, que tem um comércio ao lado da garagem, a placa foi instalada há tempos e, na época, não pôde ser colocada depois das rampas - em direção à rua Voluntários - pois um bloco de concreto do prédio impedia. Ainda segundo Lopes, a dona da garagem era um senhora que não utilizava o espaço. "O apartamento foi vendido e o novo proprietário disse que, se caso precisar usar, vai reclamar na Justiça."

Enquanto a reportagem fotografava o ponto, um motorista que passava de carro pela rua Padre Anchieta questionou: "Como é que o carro vai entrar na garagem com essa placa aí?" O porteiro temporário conta que perguntou ao síndico a respeito da placa logo que começou a trabalhar no prédio. "Ele disse que na prefeitura não consta como garagem. Mas não precisa nem constar, né? Se tem uma garagem como vão colocar placa ali? Isso é questão de bom senso", diz.

Dois agentes de trânsito caminhavam pela rua no mesmo horário. Questionados a respeito, um dos profissionais disse "isso compete exclusivamente ao proprietário interessado." Ainda sobre a repercussão nas redes, complementou: "Fora o proprietário, qualquer pessoa que se manifestar é especulação."

O que diz a prefeitura
O titular da STT, Flavio Al Alam, disse que a placa foi instalada há quatro anos porque na prefeitura o espaço consta como comércio. "Os responsáveis pelo prédio deveriam ter retirado as rampas", sinalizou. Al Alam salienta ainda que o ambiente não tem estrutura para garagem. "Caso o proprietário decida utilizar o espaço novamente, o dono do prédio deverá nos comunicar."

A equipe entrou em contato com o síndico do edifício Terrasse Status, mas a resposta foi uma sugestão: "procurar a prefeitura."