Pela boca

Educação vocal é tema de uma série de palestras no Cerest

Estudo revela que 63% dos professores brasileiros relataram limitações devido ao uso excessivo das cordas vocais; próxima palestra será semana que vem

O uso excessivo das cordas vocais provoca alterações e problemas de saúde.Pensando nisso, o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), realizou na tarde desta segunda-feira (6) uma das várias palestras sobre o tema a fim de aproximar os trabalhadores dessa discussão e aprender sobre educação vocal.

De acordo com a fonoaudióloga do Cerest, Rita Signor, estudo realizado no Brasil entre 2006 e 2009 mostrou que um dos profissionais mais afetados por problemas nas cordas vocais são os professores.Cerca de 63% dos participantes relataram limitações de funcionalidade.

Caso de Maria Cristina Rodrigues, 51. A professora participou da oficina promovida pelo Cerest. Ela relata dificuldade em separar a voz coloquial - usada normalmente - da profissional. Depois de dar aula para mais de 30 pessoas, ao chegar em casa continua falando extremamente alto, a ponto de os filhos reclamarem.

Para diminuir esses efeitos é preciso procurar um profissional e seguir alguns cuidados, realizando exercícios antes e após o trabalho.

Atenção aos sinais de alterações
- Falha de voz
- Voz rouca por vários dias
- Cansaço para falar
- Diminuição do tom de voz ao longo da conversa
- A voz fica mais grave com o passar do tempo

Agravantes que, somados às características individuais, podem desencadear as alterações
- Alergias como renites
- Tossir com força
- Pigarrear
- Competir com sons de fundo
- Roupas que apertem o pescoço e o estômago, pois dificultam a respiração.
- Fumar ou consumir outras drogas
- Bebidas alcoólicas
- Bebidas gasificadas, principalmente em falas extensas, elas podem trazer desconforto, assim como derivados de leite.
- Ar-condicionado, pois em determinado tempo seca as vias de respiração

Como cuidar da voz
- Autoconhecimento: saiba identificar os sinais
- Prepare a voz com exercícios
- A respiração deve ser nasal e utilizar o diafragma
- Evite gritar
- Evite ambientes barulhentos
- Beba pequenos goles de água, em temperatura ambiente, enquanto fala

Exercícios
1º passo: é preciso aprender a respirar. Inspire devagar e de forma nasal. Tente usar o diafragma. Isso aumentará a capacidade de ar nos pulmões e aumentará também o tempo de fala. Para sentir o diafragma ponha a mão sobre o estômago e perceba ele subir e descer conforme a respiração. É indicado que a pessoa deite e coloque um peso (como um livro) em cima do estômago e force o movimento do diafragma com a respiração, aumentando gradativamente a capacidade do órgão.

2º passo: alongue-se. Movimente, por exemplo, ombros e pescoço - sempre utilizando a respiração anterior.

3° passo: faça movimentos vibratórios com a boca, posteriormente com a língua e finalize com o movimento de mastigação. Eles irão melhorar a dicção.

4º passo: depois da fala, para voltar ao normal e não causar um abuso decorrente da utilização prolongada dos ajustes da voz, é necessário abrir a boca como se fosse bocejar e suspirar.

Nova palestra
Na próxima segunda-feira, às 14h, o Cerest volta a debater os cuidados necessários com a voz. O encontro é aberto ao público e acontece na sede do Centro de Referência, localizado na Estação Férrea. Interessados podem se inscrever pelo e-mail [email protected].

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