Os 176 trabalhadores do Hospital de Caridade de Canguçu se mantêm mobilizados, à espera do pagamento do 13º salário de 2016 e de 2017. A expectativa é de que, ao menos, parte das pendências possa ser quitada com o repasse anunciado pelo governo do Estado. Se a verba não cair na conta dos funcionários nos próximos dias, entretanto, a previsão permanece: uma assembleia geral pode ser convocada com possibilidade de greve na pauta.

Ao se pronunciar na tarde desta terça-feira (30), em nome da categoria, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Serviços de Saúde, Bianca D´Carla, explicou a decisão tomada na noite de segunda-feira e endureceu o tom, em resposta a pressões internas sofridas por funcionários para não interromperem as atividades. "Não é trabalhador que fecha porta de hospital", sustentou. "O que fecha hospital é má gestão, falta de investimento e uma gestão passando para outra, todas quebrando as finanças do hospital."

Relembre. A instituição passa por grave e antiga crise financeira. A estimativa é de que o endividamento total beire os R$ 25 milhões. Em consequência do rombo, algumas medidas mais extremas já foram tomadas, como o fechamento dos dez leitos da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) geral desde agosto de 2016.