Nas águas
Em crescimento, Porto de Pelotas pode ter mais um operador
Projeção é de acréscimo de 10% nas movimentações este ano, superando um milhão de toneladas com destino interno no Estado
O Porto de Pelotas apresentou crescimento de 11% nas movimentações em 2018. Isso vem em uma crescente desde 2015, puxado principalmente pelo fluxo de toras de madeira. E o processo de expansão pode estar próximo de dar um novo passo, com um segundo operador portuário, tendo chance de vir a atuar ainda este semestre na cidade. Com isso, e dentro das projeções, espera-se em 2019 um novo acréscimo, de cerca de 10%, ultrapassando um milhão de toneladas de produtos saídos daqui.
O nome do novo operador, porém, ainda é mantido em sigilo. O chefe de divisão do Porto de Pelotas, Cláudio Oliveira, explica que essa empresa ainda precisa passar por critérios de credenciamento antes de começar a operar. Ele garante que o padrão é já chegar com cargas em vista, possivelmente prontas para funcionar. A possibilidade é celebrada por Gilberto Cunha, chefe de gabinete da Superintendência de Portos do Rio Grande do Sul. Ele compara com Rio Grande, que possui quatro operadores. "Pelo que movimenta Pelotas hoje, se chegarmos a dois já é um crescimento". Eles explicam que o porto tem potencial para expandir-se conforme a demanda for surgindo.
Outro objetivo é fomentar a movimentação hidroviária através do cais público. A busca é por implementar um departamento comercial, fazendo processo de captação de mercadorias - através da superintendência, em Rio Grande. Dessa maneira, não será necessário esperar a demanda procurar o Porto. Há, no momento, também dois armazéns alfandegados no cais público para receber cargas estrangeiras.
Movimentações crescendo
Foi por pouco - faltou apenas uma barcaça - que o Porto de Pelotas não movimentou um milhão de toneladas de mercadorias no ano passado. Foram 998.476 quilos saídos. Pelotas tem, segundo Gilberto Cunha, a característica de movimentação interior, operando com cargas para dentro do Estado. E atua sob olhar da Superintendência, que não é mais só do Porto do Rio Grande, mas engloba também Porto Alegre, Cachoeira do Sul e um estaleiro em Triunfo.
A ideia é conectar os portos, já que não há percepção de competição entre eles, agindo complementarmente. Segundo o chefe de gabinete, Pelotas possui a segunda maior movimentação do Estado atualmente, perdendo apenas para Rio Grande. O principal produto são as toras de madeira. Desde outubro de 2016, quando começou a movimentação na cidade, foram 1,42 milhões de toneladas. Por o produto ir direto do caminhão para a barcaça, não há um limite ou capacidade definidos.
As toras são encaminhadas para Guaíba. Além dela, os principais produtos saídos do Porto de Pelotas são trigo, para Canoas, clínquer (matéria-prima do cimento) para um atracadouro em Nova Santa Rita e soja para os terminais de Rio Grande.
Confira a movimentação do Porto de Pelotas desde 2015
Ano Movimentação total (peso)
2015 267.704 kg
2016 278.408 kg
2017 899.039 kg
2018 998.476 kg
Confira a movimentação detalhada de 2018
Toras de madeira - 760.623 kg
Trigo - 9.668 kg
Clínquer - 159.198 kg
Soja em grão - 68.986 kg
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