Desdobramento

Embargo parcial da ETA São Gonçalo é oficializado

Para que haja liberação, serão necessárias medidas como instalação de proteção contra quedas

Jô Folha -

Reunião entre Delegacia Regional do Ministério do Trabalho, Sanep e a empresa Enfil S.A. Controle Ambiental, realizada na manhã desta segunda-feira (22), oficializou o embargo parcial das obras da ETA São Gonçalo, no Capão do Leão. A decisão já tinha sido tomada na sexta-feira (19) e se deu por conta do acidente que resultou na morte de um trabalhador na última quarta-feira (16).

Relembre o caso
O trabalhador morreu soterrado em uma vala durante a instalação de tubos de drenagem. Ainda não se sabe exatamente o que ocorreu, mas a versão apresentada pela Enfil S.A. Controle Ambiental, de São Paulo, contratada pelo Sanep, dá conta de que, ao invés de descer por dentro do escudo de proteção, Everton desceu pela frente; exatamente na mesma direção em que o escudo metálico seria conduzido pela retroescavadeira. Outros dois funcionários estavam junto dele: um já estava do lado de fora da vala e o outro permaneceu dentro do escudo.

Sem prazo
Na reunião, a Enfil e o Sanep apresentaram documentações e o projeto da obra e receberam formalmente a informação do embargo parcial. A ocasião também serviu para que fosse explicado exatamente os motivos para o ato, resultante de inspeção realizada na sexta-feira (19). "Encontraram problemas na tubulação onde o acidente ocorreu e entenderam como insatisfatória a segurança nos serviços de altura, que precisam de equipamentos mais qualificados", relatou ao Diário Popular o superintendente do Sanep, Alexandre Garcia.
Também à reportagem, o auditor fiscal do Trabalho, Otávio Rodrigues explicou as medidas básicas para liberação são elaborar ou refazer projetos e procedimentos de trabalho, adotar formas de garantir a estabilidade de taludes e instalar proteções contra quedas.
Garcia salientou que o embargo se dá apenas na tubulação onde o acidente ocorreu, ao que a obra da ETA São Gonçalo segue em andamento nos demais pontos. Ele esclarece também que não há um prazo estipulado para que os reparos sejam executados. "Assim que tudo estiver de acordo com o que se imagina satisfatório, haverá a liberação", comentou. Na reunião, um plano de ação foi apresentado. Ele seria iniciado já nesta segunda-feira (22), mas, com a chuva, teve de ser adiado.
Ainda não há informações sobre o andamento da investigação, a cargo da Delegacia Regional do Ministério do Trabalho, Instituto Geral de Perícias (IGP) e Polícia Civil.

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