Mudança

Embrapa Clima Temperado terá novo comando

O agrônomo Roberto Pedroso assumirá a chefia-geral após encarar longo processo seletivo

A manutenção e o desenvolvimento de produções convencionais e orgânicas e da produção agropecuária sustentável serão um dos pilares da gestão do novo chefe-geral da unidade de pesquisa Embrapa Clima Temperado, Roberto Pedroso de Oliveira. O nome que irá substituir o atual titular, Clenio Nailto Pillon, no cargo desde 2011, foi escolhido após um processo seletivo que contou com quatro candidatos e foi iniciado em maio. O período de transição para a nova administração já começou e a nomeação deve ocorrer em até duas semanas. A projeção é que a cerimônia de posse ocorra dentro de um mês. As substituições dos titulares dos cargos de chefes-gerais também ocorrem em outras unidades de pesquisa da Embrapa pelo país.

"É uma honra para mim", define Oliveira, formado engenheiro agrônomo pela Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", da Universidade de São Paulo (USP). Além disso, é especializado no desenvolvimento de Citricultura, área em que possui pós-doutorado pela Instituto Valenciano de Investigaciones Agrarias, em Valencia, na Espanha, trabalhando com sistemas de produção de laranjas, bergamota e limões. Neste ano, completa 25 anos na Embrapa, com a carreira iniciada em 1994, pela Embrapa Mandioca e Fruticultura, na cidade de Cruz das Almas, na Bahia. Em 2002 foi transferido para a Embrapa Clima Temperado. Em solo gaúcho, Oliveira destaca o trabalho na Campanha gaúcha, onde contribuiu para o desenvolvimento de citricultura sem semente, alcançando mais de 2,5 mil hectares. "Foi uma nova alternativa de renda para as pessoas da região", lembra. A contribuição para a qualificação da produção de bergamotas na região do Vale do Caí, e o trabalho desenvolvido atualmente em Pelotas, com seis produtores locais, para o cultivo de laranja umbigo para venda local, também são recordados pelo pesquisador.

Com a escolha para o cargo, ele destaca que a responsabilidade é grande, pois a empresa é responsável pelo desenvolvimento sustentável regional. A estratégia da nova gestão será na resolução dos principais problemas enfrentados pelas cadeias produtivas e pelos produtores regionais. Com isso, o intuito é contribuir com as produções de leite, pecuária de corte, grãos, frutas, agricultura familiar e empresarial, além da qualificação dos processos nas áreas ambientais. Oliveira terá um mandato de dois anos, que poderá ser prorrogado por mais duas vezes. Anteriormente, o mandato era de três anos, com prorrogação por igual período de tempo. O tempo máximo no cargo, no entanto, continua sendo de seis anos. A mudança é uma adequação à nova Lei das Estatais

Desafios para o futuro
Para 2020, a proposta de orçamento do governo federal prevê um corte de 45% nos recursos destinados à Empresa. A unidade também passará por redução no quadro de funcionários, hoje de 340 pessoas, devido à adesão voluntária ao Plano de Desligamento Incentivado (PDI), iniciado em maio. Conforme Oliveira, cerca de 70 funcionários aderiram ao plano e devem ser desligados. Como forma de lidar com as dificuldades, o novo chefe-geral afirma que irá apostar em parcerias com o setor privado para que as atividades continuem a ser viabilizadas.

O processo
O processo para escolha de novos chefes-gerais de unidades da Embrapa se iniciou em maio e ocorreu simultaneamente em outras quatro unidades da Embrapa pelo país, além da Clima Temperado. A projeção é que até o final de 2020, outras 23 unidades de pesquisa também passem pelo processo, que é exclusivo para membros do quadro efetivo da Embrapa. Entre as novidades em relação a processos anteriores estão a diminuição do tempo total, que passou de 180 dias para 120 dias. Para concorrer, o candidato deve ser membro de cargo de Ensino Superior da empresa, e no mínimo ter habilitação concluída em mestrado.

O processo é conduzido pela chefia de gabinete da presidência com o apoio da Gerência de Gestão de Pessoas da Embrapa e do Comitê de Avaliação e Seleção (CAS) das unidades e é composto por três ciclos. O primeiro é constituído por recrutamento, inscrição, análise documental e homologação da candidatura. Em seguida o candidato passa por avaliação da habilitação e indicação de lista tríplice, pelo CAS, com os melhores classificados. Por fim, há a realização de entrevista com a diretoria da Empresa e a escolha de quem irá ocupar o cargo, pelo presidente da Estatal.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Arquidiocese cria campanha para concluir lar sacerdotal Anterior

Arquidiocese cria campanha para concluir lar sacerdotal

Mega Sena acumula e próximo concurso deve pagar R$ 21,5 milhões Próximo

Mega Sena acumula e próximo concurso deve pagar R$ 21,5 milhões

Deixe seu comentário