O candidato do centro, Emmanuel Macron, de 44 anos, será presidente da França por mais cinco anos. Assim como em 2017, ele venceu em segundo turno a candidata da extrema-direita, Marine Le Pen, de 53 anos, que reconheceu a derrota logo após o fechamento das urnas. As projeções apontam que ele ficará com cerca de 58% dos votos.

Em seu discurso da vitória, ao pé da Torre Eiffel, no Champ de Mars, Macron ressaltou o entendimento de que parte dos seus votos vieram em um movimento para bloquear a potencial ascensão da extrema-direita no país e que buscará entender as revoltas e divergências que foram expressadas nas urnas, como votos em branco e o próprio apoio a Le Pen. O gestor ainda fez um afago em quem votou em sua adversária, dizendo que já não é mais o candidato de um lado, e sim o presidente de todos os franceses.

No discurso, Macron destacou a importância ecológica e ressaltou o objetivo de trabalhar pelo fortalecimento da Europa. O presidente, no entanto, não deverá ter um período de tranquilidade após a reeleição, já que as eleições parlamentares do país ocorrem em junho e os programas propostos por ele dependem de aprovação pelo Congresso. Para isso, é essencial ter a maioria.

Entre as propostas de campanha, a mais polêmica é a reforma da previdência, com a aposentadoria saindo dos 62 para 65 anos de idade. Em troca, Emmanuel Macron prometeu reduzir impostos de empresas e alcançar o pleno emprego no país. Medidas sociais e ambientais também foram bastante reforçadas na campanha para se manter no Palácio do Eliseu.