Chegou a hora
Enem começa em Pelotas com esperança e ansiedade
Candidatos e familiares chegaram cedo aos locais dos testes para não correr risco de perder o começo do Enem 2018
Carlos Queiroz -
Movimento começou cedo e não houve problemas dos estudantes no acesso às salas de aula (Foto: Carlos Queiroz - DP)
Ainda não era meio-dia e a movimentação de estudantes, amigos e familiares em frente aos locais de provas do Enem 2018 já era grande em Pelotas. Com a mudança para o horário de verão, a maioria dos candidatos manteve a organização de um ano todo de estudos e chegou cedo para uma conversa, aliviar a tensão e encontrar a sala de aula correta.
Em frente ao campus da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), um dos principais pontos de concentração de alunos, a calçada ficou tomada até instantes antes do fechamento do portão. Em pequenos grupos, muitos jovens falavam sobre as últimas dicas antes das provas de linguagem, ciências humanas e redação. Esta última sempre entre as que exigem maior atenção, já que uma boa pontuação representa um grande passo para conquistar a vaga em uma universidade.
Natural de Caçapava do Sul, Luiza Dias, 17, mudou-se para Pelotas este ano para concluir o Ensino Médio e tentar uma vaga no curso de Arquitetura. Para isso, diz que se dedicou a estudar bastante para a redação. “Revisei bastante os modelos de texto e também os temas mais prováveis. Este ano se falou bastante sobre preconceitos, assédio virtual. Talvez algo assim esteja no tema”, comentou minutos antes de entrar para a prova.
Se para Luiza a prova é o caminho para o curso escolhido, Gustavo Portugal, 16, ainda está na fase de testes. Concluindo o segundo ano do Ensino Médio, fará o Enem pela segunda vez para avaliar seus conhecimentos. Para valer mesmo, só em 2019. “Ainda estou me decidindo que curso fazer. Espero melhorar esse ano minha nota em Português, minha maior facilidade é para Exatas.”
Expectativa dos familiares
Portões fechados pontualmente às 13h, a aglomeração dava lugar ao silêncio em frente ao campus da UCPel. Quase todo mundo foi embora, mas a família Kichkofel não arredou pé. Moradores da Colônia São Manuel, no oitavo distrito de Pelotas, mãe, pai e irmãos ficarão até o final da tarde no aguardo de Renata, 18. O sonho de se tornar uma médica mobilizou a família, que a matriculou em um curso preparatório para o Enem.
“Vamos ficar aqui, mais nervosos que ela. Desde pequena ela diz que seria médica e acreditamos nisso. Tem que tentar, ir em busca. Ela é muito dedicada”, disse a mãe Marcia, 47.
Atrasados e curiosos
Como virou tradição em dias de provas do Enem, embora a maioria tenha se organizado e entrado tranquilamente, houve quem tivesse que correr contra o tempo. Faltando poucos segundos para as 13h, quando os portões começavam a baixar, dois candidatos surgiram andando a passos largos. Alertados por quem estava na porta da universidade, começaram a correr e conseguiram entrar. Desta vez, pelo menos na UCPel, ninguém deu de cara com portas fechadas.
Do outro lado da rua, à sombra, um grupo de amigos se divertiu. Segundo eles, saíram de casa cedo para acompanhar a movimentação. Celular em mãos, queriam flagrar a correria de última hora. “Sempre tem alguém que se atrasa”, brincou um deles. Dessa vez, no entanto, ficará sem vídeos de estudantes decepcionados do lado de fora.
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