Brasil, século 21
Entidade da PM de São Paulo é condenada
Associação Desportiva Falcão Azul negou inclusão de parceira de sócia no quadro social
O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou a Associação Desportiva da Polícia Militar do Estado de São Paulo (ADPM Falcão Azul) a admitir a companheira de uma de suas beneficiárias como dependente. Márcia Alves dos Santos foi impedida de incluir sua parceira como sócia mesmo apresentando os documentos necessários e com união estável reconhecida.
O relator do caso, desembargador Paulo Alcides Amaral Salles, concluiu que a beneficiária e sua companheira foram vítimas de homofobia, já que a associação não apresentou outra razão para impedir a inclusão da dependente. A decisão também determina o pagamento de R$ 5 mil de indenização por danos morais.
"A simples recusa em se não acolher o pedido da autora de inclusão da dependente em razão da opção sexual é suficiente para caracterizar o dano à honra, mesmo que não tenha havido exposição pública à situação vexatória."
A decisão do desembargador Paulo Alcides Amaral Salles foi em virtude do recurso apresentado pela ADPM Falcão Azul. No pedido, o clube alega que só negou a inclusão da dependente por falta de documentação necessária. Mas o argumento foi negado, pois, segundo o relator, a sócia Márcia Alves dos Santos apresentou todos os papéis requisitados.
"Tanto os documentos que acompanharam a inicial, quanto aqueles apresentados pela apelante, não deixam dúvidas que a autora apresentou toda a documentação necessária a embasar o seu pedido, sendo indevida a negativa de inclusão da convivente da autora como sócia", concluiu Salles.
A reportagem entrou em contato com a Associação Desportiva da Polícia Militar do Estado de São Paulo (ADPM Falcão Azul) e com seus advogados, mas ainda não obteve resposta.
Carregando matéria
Conteúdo exclusivo!
Somente assinantes podem visualizar este conteúdo
clique aqui para verificar os planos disponíveis
Já sou assinante
Deixe seu comentário