Querido Papai Noel

Época de realizar pequenos sonhos

Papai Noel dos Correios começou e vai até a primeira semana de dezembro; a expectativa é de que as 1.587 cartas recolhidas sejam apadrinhadas

Paulo Rossi -

O Natal está se aproximando. Com ele, crianças colocam seus sonhos no papel e esperam que seus pedidos e desenhos cheguem até o Papai Noel. Antes de chegar ao Polo Norte, muitas dessas cartinhas passam pelas agências dos Correios de todo o país. Foi assim que, há 29 anos, surgiu a ideia de cultivar a tradição de dar presentes, mas de um jeito diferente. O Papai Noel dos Correios nasceu com o intuito de que jovens carentes da rede pública também tivessem a oportunidade de receber o que tanto querem. Em Pelotas, as portas da empresa estão abertas para quem deseja se tornar um padrinho até o dia 7 de dezembro.

São 1.587 cartas oriundas de seis escolas de regiões carentes da cidade. Elas são escritas pelos pequenos que estudam até o quinto ano. Todos os bilhetes são lidos por uma equipe dos Correios, unidos especialmente para exercer esta função durante essa época do ano. As cartinhas são separadas de acordo com o presente desejado. A variedade é imensa. Os pedidos vão de bichos de pelúcia até celulares e computadores. O que mais emociona, no entanto, é ler as palavras de quem precisa de material escolar, roupas e calçados.

Para os adultos pode parecer algo bobo, mas para os pequenos é uma data importante. O gerente, José Luís Sanches, explica que qualquer um pode contribuir. Os presentes precisam ser embalados e entregues até o dia 7 de dezembro na agência localizada na rua Tiradentes, 2.515, das 9h às 17h30min. No ano passado, todas as cartas foram apadrinhadas. A expectativa é de que 2018 também obtenha o mesmo resultado. “Queremos 100% de aproveitamento de novo”, afirma Sanches.

Primeiro dia da ação
Já pela manhã de sexta-feira, as cartas começaram a ser lidas pelos pelotenses interessados em ajudar. Suzete Macedo levou sua filha Valentina, de oito anos, para ajudar na escolha. Elas contam que, por ser a primeira vez, estavam tão ansiosas que vieram antes da data. É um gesto pequeno, mas que contribui para a felicidade das crianças. O importante, segundo elas, é ajudar o próximo. Quando Suzete e seus irmãos passaram por dificuldades, a comunidade do bairro em que moravam prestou todo o auxílio necessário. “Muito já fomos ajudados”, agradece. Agora, é a vez de retribuir. Decidiram que irão doar material escolar, pois é o que cabe no orçamento da família. Para os próximos anos, pretendem continuar colaborando. “É bom ajudar as pessoas”, justifica Valentina.

Já Maria de Fátima foi sozinha apadrinhar. Ela sempre admirou o projeto, mas nunca havia participado. Este ano, por influência da filha, decidiu ajudar. Após passar em um concurso para fazer parte da Brigada Militar (BM), ela fez uma promessa: iria participar do Papai Noel dos Correios todos os anos. Assim, por telefone, auxiliou sua mãe na escolha das cartas. Enquanto lia os bilhetes, Maria de Fátima se viu indecisa: “A gente tem vontade de ajudar todo mundo”.

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