Educação inclusiva
Escola de Canguçu promove aula de Educação Física inclusiva
Iniciativa da professora Eliete Peixoto foi realizada com alunos do 8º ano da Emef Oscar Fonseca da Silva
Divulgação -
Na sexta-feira (22), a Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Oscar Fonseca da Silva promoveu uma aula de Educação Física inclusiva para alunos com deficiência no interior de Canguçu, no Alto da Cruz. A iniciativa surgiu pela professora Eliete Peixoto, que através de uma atividade adaptada de vôlei realizou o desejo de uma de suas alunas, que é cadeirante e gostaria de participar das aulas de Educação Física.
As atividades físicas fazem parte do currículo escolar de todas as escolas. E para aqueles estudantes que apreciam os esportes, os momentos de prática do futebol, vôlei, entre outros, dentro dos educandários são aguardados com euforia. Ana Laura é aluna do 8º ano da escola e utiliza cadeira de rodas. A inserção da menina na turma começou quando um dos professores da Educação Especial pediu que ela pudesse participar das aulas ministradas por Eliete. Assim, logo a menina compartilhou com a professora a vontade de jogar vôlei.
Ao saber do desejo de Ana Laura, Eliete passou a pensar em formas de incluir a menina nas aulas. A professora, formada em Educação Física pela Universidade Federal do Rio Grande (Furg), lembrou de uma das atividades realizadas em aula. "Isso me motivou a elaborar uma atividade em que ela pudesse jogar com seus colegas. Então logo pensei no vôlei adaptado, uma atividade que eu havia vivenciado na minha graduação", conta Eliete.
Após a escolha do método, ela propôs a atividade aos alunos e, para que tudo pudesse dar certo, contou com a ajuda da turma. Alguns, inclusive, levaram os materiais para tornar a ideia possível. "Para o desenvolvimento da aula utilizei uma rede de vôlei, bola e colchonetes para que os demais alunos pudessem se apoiar, ficando ajoelhados. Para que a rede ficasse baixa amarramos no pilar da quadra e na goleira, onde foi feita uma adaptação", explica.
A prática realizada na sexta-feira (22) foi uma adaptação do vôlei sentado, uma variação que sofreu mudanças para pessoas que possuem algum tipo de deficiência física relacionada à locomoção. A atividade foi positiva para os alunos. "Foi uma parceria que se tornou realidade. Eles me ajudaram com o material para a aula e para colocar a rede na quadra. Além disso foram muito parceiros da colega Ana Laura no jogo de vôlei, sempre tendo muita atenção e carinho por ela", aponta.
Inclusão dentro das escolas
A Emef Oscar Fonseca da Silva fica situada na zona rural de Canguçu, no 5º distrito do município. A professora Eliete, que começou a trabalhar na instituição neste ano, acredita que a inclusão é importante para o desenvolvimento dos estudantes com alguma deficiência e que a atividade proposta permitiu que Ana Laura se sentisse ainda mais parte da turma. "Ela conseguiu realizar o saque, o toque e participar da aula junto com os colegas. Parece que a atividade a empolgou tanto que no momento da atividade ela pediu para tirar os pés do apoio da cadeira de rodas e colocá-los no chão. Penso que essa atividade deu autonomia a ela", define.
Eliete conta que em suas aulas pontua que cada aluno deve desenvolver a atividade do seu jeito e da forma que conseguir. "Trabalhar para a participação de todos, independentemente da limitação de cada um, faz com que o trabalho desenvolvido se torne muito relevante e contribua para que todos os alunos acreditem no seu potencial. Eles são capazes de realizar suas metas e sonhos, seja na escola ou no meio social em que vivem", finaliza a professora.
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