Educação
Escolas debatem a Base Nacional Comum Curricular nesta sexta-feira
Ocorre hoje o primeiro encontro nas escolas do RS sobre a Base Nacional Comum Curricular
Gabriel Huth -
Um dia com salas de aula vazias para que futuramente estejam cheias de aprendizado. Ocorre hoje, em todo o Estado, o Dia D para discussão acerca da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) nas escolas das redes pública e privada. Professores, funcionários e direções estarão reunidos para avaliar e conhecer mais sobre o projeto. Por conta do encontro, as aulas na rede pública estão suspensas durante o dia, enquanto as instituições particulares escolhem se cancelam ou não as atividades letivas.
O Dia D é uma iniciativa do regime de Colaboração estabelecido entre a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), a União Nacional dos Dirigentes Municipais (UNDIME/RS) e o Sindicato do Ensino Privado (Sinepe/RS).
A BNCC trata de referenciais curriculares para a educação Infantil, Fundamental e Médio nos estados. Elaborada no ano passado, ela começa agora o processo de implementação, através de debates que ocorrem a partir de cinco encontros nas instituições de ensino durante 2019. Momento para organização e preparação das escolas para mudanças na grade curricular, como a existência de apenas duas disciplinas obrigatórias no Ensino Médio: português e matemática, sendo todas as outras distribuídas em cinco áreas de conhecimento. As mudanças devem ser aplicadas até o início do ano letivo de 2022.
De acordo com a Seduc, existe a recomendação de que os encontros sejam divididos em dois momentos. No primeiro, será realizado um diálogo da formação continuada dos professores - início, atuação nas disciplinas e questionamentos sobre tempo para estudo, tendo em vista a carga horária de trabalho e sobre atividades oferecidas por escolas, coordenadorias regionais e secretarias. Na sequência, será proposto desafio elaborado pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS): uma reflexão em torno do Referencial Curricular Gaúcho.
Críticas
O recém-empossado diretor do Colégio Estadual Pedro Osório, Hélcio Fernandes, admite a importância da discussão da BNCC, mas tem críticas ao processo. "É uma mudança de gabinete. Não foi algo que partiu de dentro das escolas. Não adianta se não tiver a opinião do professor. Eu adoraria ter mudanças, mas, dessa forma, é mais uma imposição", afirma. "Nos deram um referencial curricular com 800 páginas para cada uma das áreas do conhecimento. Não houve tempo para que fizéssemos um estudo adequado para explicar à comunidade escolar", prossegue. Na escola, o encontro será focado em um vídeo produzido pela Seduc.
Na opinião do diretor, a luta teria de ser por atualização no conteúdo programático e diminuição no tamanho das turmas. "Aqui temos classes com 36 alunos. É impossível ensinar com qualidade dessa forma."
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