Pós-temporal
Esforço concentrado para retomada das aulas
Depois da demora, seguem as obras na escola Elmar da Silva Costa, no Capão do Leão
Gabriel Huth -
A ressalva está fixada em um quadro, logo na porta de entrada da Escola Municipal Elmar da Silva Costa, no bairro Jardim América, no Capão do Leão: Retorno das aulas dia 25 de fevereiro (se a reforma estiver concluída). Do lado de dentro, o ritmo é acelerado, depois de todos os atrasos para definir a empresa que assumiria as obras e também para iniciar efetivamente a recuperação. Parte do telhado - arrancado com o temporal do final de setembro - ainda precisa ser colocada. Pisos, portas, paredes. São várias frentes de trabalho para deixar a escola em condições de receber os 500 alunos em um prazo de dez dias.
Uma comissão de mães, inclusive, esteve na instituição na manhã de ontem para acompanhar o andamento. E o melhor, saíram de lá com a confirmação do prefeito Paulo Nolasco (PT): "As aulas vão começar dia 25. Não é uma promessa. É um compromisso", sustentou. O clima é de esforço concentrado, desde a última semana, após cobrança intensificada da comunidade.
De um lado, operários da empresa contratada com dispensa de licitação - devido à homologação da Situação de Emergência - envolvem-se na reforma do telhado, na instalação de forros e em reparos na rede elétrica. De outro, servidores e Cargos em Comissão (CCs) do Executivo dividem-se entre a retirada de entulhos e a limpeza e lixação de paredes para prepará-las para pintura, que eles próprios irão se encarregar de fazer.
Algumas portas já estão com marcos novos e serão substituídas. Os pisos também recebem atenção. Tudo para reduzir os efeitos do pós-temporal, em que a escola - sem parte do telhado - passou a acumular prejuízos a cada nova chuva. Ao todo, mais de R$ 93 mil serão investidos na recuperação da Elmar da Silva Costa.
Reorganização e espaços adequados
A retomada das atividades em 2019 será sem improvisos de espaços nem reorganização de horários. Aliás, a certeza de que os alunos serão recepcionados dentro de um ambiente de normalidade é pré-requisito para dar início ao calendário letivo - confirmam a diretora Fátima Jansen da Silva e a vice-diretora Luziane Müller. "Não teria como iniciarmos um ano letivo com aquele mesmo tipo de situação", reiteram, ao lembrar da excepcionalidade do fato.
Para não interromper as aulas - sem poder ocupar todos os ambientes do andar superior -, secretaria, direção e sala dos professores viraram sala de aula. Até o refeitório ganhou novo uso. As crianças de pré-escola deixaram o prédio; passaram a contar com a parceria da Organização Não Governamental (ONG) Semear. Adolescentes do 6º e do 8º Anos tiveram de enfrentar a unificação de turmas. E até um terceiro turno precisou ser criado.
A expectativa, agora, é de que a volta às aulas possa ser em novo cenário e com ânimo renovado, com biblioteca recomposta e laboratório de informática com bancada e - pelo menos - cinco computadores novos. Os poucos que estavam em funcionamento também se perderam em meio às pancadas de chuva daquele 29 de setembro.
Uniformes a caminho
O retorno às salas de aula também será marcado pela primeira entrega de uniformes à gurizada da rede municipal. Estudantes matriculados até o 3º Ano do Ensino Fundamental irão receber roupa completa: um par de tênis, calça, meia e duas camisetas. Entre os meses de maio e junho, quando os alunos também irão ganhar moletom, a medida deverá se estender à criançada do 4º e do 5º Anos.
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