Inovação

Estímulo para a aprendizagem criativa

Desafio nacional com soluções para a área da Educação seleciona projeto de Pelotas

Paulo Rossi -

Um projeto pelotense está entre os selecionados pelo Desafio Aprendizagem Criativa Brasil (DAC). Os premiados recebem um valor simbólico e participarão de eventos pelo país e passarão uma semana no Media Lab Massachusetts Institute of Technology (MIT), em Cambridge, nos Estados Unidos. A Fundação Lemann também é parceira do desafio.

Foram 326 propostas enviadas e 51 concorreram na fase final, quando apenas sete foram selecionadas, todas com o intuito de estimular soluções inovadoras para a área da Educação. Tiago Thompsen Primo e Kelen Bernardi desenvolvem os Clubes de Computação na rede municipal de Educação. Eles estão entre os 11 brasileiros escolhidos como fellows da DAC. Ao longo do ano, participarão de períodos de imersão com pesquisadores da área.

A ideia, segundo Tiago, é utilizar a tecnologia como um meio para o aprendizado. Na cidade, o próximo passo é ampliar a rede. Com apoio da Secretaria de Educação e Desporto (Smed), o número de escolas incluídas deverá aumentar de quatro para seis ou sete. Ele ressalta que este ano também servirá para mensurar os impactos que o ensino criativo trouxe não apenas ao estudante, mas também para a escola e familiares. “A gente sempre busca essa interação forte com a comunidade”, comenta.

O crescimento serve para professor e aluno. Kelen revela que a utilização, desde recicláveis até eletrônicos, ajuda no desenvolvimento de ambos. Nesta maneira colaborativa, também faz surgir novas práticas. Entre as áreas trabalhadas no último ano, estão robótica e informática, sempre incluindo o currículo previsto para aquele ano, mas com um meio como a animação, a criação de mapas ou a programação na computação. Tiago aponta também que para o estudante essa maneira é mais divertida. “É muito mais atraente aprender criando, experimentando, que apenas olhando para o livro e imaginando.”

O estímulo é necessário também para os professores se interessarem neste método de ensino. Para isso, eles deverão receber incentivos para se aprimorar nesta área. A liberação para investimento e convivência com o formato, para incentivar a explorar e construir as ideias poderá ocorrer entre os educadores que participarem do projeto. O valor simbólico arrecadado também será usado para tentar aprimorar a rede. Além disso, eventos servirão de incentivo. No último ano, o RoboPel, que utilizava a robótica na Educação, foi um deles. Ele deverá se repetir em 2019, além de uma feira, ainda sem data marcada.

O calendário de atividades para os fellows agora começa a ser corrido. Ainda em março, participarão de um festival em São Paulo. A ida para o MIT está prevista para maio e contará com visitas a escolas modelo em educação criativa. A ideia é trazer o máximo de novidades possíveis. Tiago é professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e Kelen é sócia-fundadora da Elimu Social e pesquisadora da UFPel, além de coordenadora do núcleo Pelotas da Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa.

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