Parte dos filiados da Associação dos Estomizados, Familiares e Amigos de Pelotas (Assofam) esteve reunida na Casa dos Conselhos para reivindicar melhorias no atendimento prestado pelo Programa de Assistência a Estomizados e Continentes, que até então era considerado o melhor do Estado pelos cerca de 400 usuários de bolsas. Mas a falta de pessoal no apoio da única especialista do Centro de Especialidades tem gerado fila e atraso no atendimento. Conforme os associados, somente os pacientes novos conseguem consulta.

Sérgio Rogério Bichet Pinto, 54 anos, é estomizado há seis anos e está há um sem ser avaliado pelo programa. “Sem bolsa eu não sou ninguém”, desabafou. Ele ressalta que recebem treinamento dos enfermeiros para a reposição das bolsas, mas as consultas são necessárias. Outra paciente se diz preocupada, pois caso tenha um sangramento, não tem a quem recorrer.

Em janeiro deste ano o presidente da associação, César Ricardo Lima, enviou um ofício à Secretaria de Saúde alertando sobre a situação. “Mas como até o momento nada foi providenciado, resolvemos colher assinaturas dos associados e garantir assim um melhor atendimento.” A lista com mais de 120 nomes deve ser entregue em reunião marcada para quarta-feira (28) com a secretária Ana Costa, com cópia ao Conselho de Saúde e à Câmara de Vereadores. Lima lembrou ainda que este mês faltaram oito itens na lista de material repassado pela 3ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS).