Reconhecimento

Estudantes do IFSul são destaque em premiação nacional

Jovens estão na final do Prêmio Láurea, organizado pela Associação Brasileira de Designers de Interiores

Jô Folha -

Esta semana será especial para o curso de Design de Interiores do Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul) de Pelotas. Pelo menos dois Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) estão na final do Prêmio Láurea, organizado pela Associação Brasileira de Designers de Interiores (ABD). O resultado será conhecido na quarta-feira, em São Paulo.

O reconhecimento vem cedo. Ingrid Rommel, de 21 anos, e Raischa Ribak, de 19, são da terceira turma de formandos do curso, criado em 2012. E o resultado é expressivo: de um total de três finalistas, dois são do IFSul.

Os trabalhos representam o design de uma loja de cosméticos veganos e outra de acessórios femininos. Com uma das maquetes em mãos, as duas jovens, que agora sonham com a faculdade de Arquitetura e Urbanismo, transbordam sonhos ao ver que as noites em claro e toda a dedicação valeram a pena. E mais: tal reconhecimento pode colocá-las em evidência nacional no ramo escolhido para trabalhar e viver.

As propostas contaram com o conhecimento das professoras Ana Cristina Silva, Daniela Timm e Paula Casalinho e foram apresentadas na disciplina de Projeto Interno 3. Esta é uma das matérias finais do curso técnico, que tem duração de quatro anos. Para cada estudante foi sorteado um professor, que servia como um “cliente”, dando a linha do que seria seu projeto. No total, cinco estudantes da disciplina chegaram na etapa semifinal do concurso.

A premiação ocorrerá durante a 11ª edição do Congresso Internacional de Designers de Interiores. Mesmo se as duas não conquistarem o primeiro lugar, as duas alunas - as primeiras a representarem o IFSul em um concurso nacional na área - terão direito a uma viagem à indústria do setor moveleiro, na Serra gaúcha, além de ganharem troféus e terem seus nomes em destaque para o mercado de trabalho.

Esforço que dá resultados
Tanto Ingrid como Raischa contam que passaram noites em claro fazendo e preparando os trabalhos. “Eles precisavam seguir todas as normas de segurança, de prevenção contra incêndios, além de atender à expectativa do cliente, que poderia nos dar um valor máximo de orçamento ou nos deixar livres”, conta Ingrid. Foram quatro anos entre Ensino Médio e o curso técnico.

A ideia da disciplina, explica a professora Ana Cristina, é colocar a mão na massa e conhecer como será a realidade do mercado. No cotidiano, projeta a docente, elas encontrarão diferentes realidades financeiras e de ideias por parte dos clientes. “Nesta disciplina elas precisam colocar em prática tudo o que aprenderam ao longo do curso”, resume.

Em um grupo formado nas redes sociais, era comum entre as nove alunas formandas a troca de mensagens no meio da madrugada. Cada tópico era prontamente respondido por outras colegas que também trabalhavam nas suas maquetes. O espaço físico que baseou todos os trabalhos foi uma loja vazia no Shopping Pelotas. “Fizemos desde a medição até os orçamentos. Quando entreguei, sabia exatamente o custo para executar”, lembra Raischa.

Cabeças criativas
No caso do seu projeto, uma loja de cosméticos veganos, havia toda uma preocupação com detalhes sustentáveis e ambientais. Toda e qualquer peça na composição precisava atender às exigências ambientais, assim como os produtos comercializados no espaço. “Era madeira de pínus de reflorestamento e tinta ecossustentável, por exemplo. Detalhes que deixaram entre 15% a 20% mais caro o projeto final”, argumenta.

Os trabalhos foram analisados por professores de outras instituições, que avaliaram itens como programa e conceito do projeto, concepção, coerência, criatividade, viabilidade e eficiência energética, além de conforto térmico, acústico e de luminosidade.

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