Paralisação

Estudantes fazem caminhada em apoio à greve dos professores estaduais

Mobilização estudantil deve contar com alunos de pelo menos seis instituições de ensino

A mobilização estudantil, em apoio à greve dos professores da rede estadual de ensino, hoje ganhará as ruas de Pelotas. A concentração está marcada para as 14h, junto ao Instituto de Educação Assis Brasil (IEAB), de onde os jovens saem rumo à 5ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE). A expectativa é de que estudantes de outras seis instituições integrem-se à caminhada, que tem dois objetivos centrais: dizer Sim ao movimento dos professores e Não à precariedade das escolas. 
Ontem, como já era de se esperar, a mobilização se manteve em expansão: até o começo da noite, já eram 83 ocupações de alunos no Rio Grande do Sul; 13 na Zona Sul. Em Pelotas, mais duas escolas entraram para a lista: o Colégio Cassiano do Nascimento e a Escola Luís Carlos Corrêa da Silva.
Na Luís Carlos, na Guabiroba, o que não faltam são motivos para fechar as portas. Goteiras, esgoto entupido, vidros quebrados, janelas emperradas, rachaduras nas paredes e banheiro interditado. É o retrato do lado de dentro. Do lado de fora a precariedade segue: a área coberta, que serve de ambiente a atividades do Programa Escola Aberta, também está interditada. E a falta de investimentos é explícita. Os pilares estão com as estruturas de ferro à mostra.
Daí a decisão de ocupação. E a orientação é de que só entrem no prédio, estudantes, professores e funcionários favoráveis à greve. Debates sobre Saúde da Mulher, Racismo e história de super-heróis negros estão na pauta. Sessões de vídeo e oficinas de capoeira, por exemplo, também fazem parte da programação cultural. 
"Com a nossa mobilização, com as nossas intervenções, queremos mostrar que estamos, sim, politizando a periferia. E a periferia está começando a lutar", resume a coordenadora do Escola Aberta, a professora Luciana Custódio. É um desafio a ser enfrentado, inclusive, com o público interno. Parte dos alunos, dos pais e dos profissionais da Luís Carlos Corrêa da Silva - que tem o diferencial de estar engajada, apesar de ser de Ensino Fundamental -  é contrária à interrupção das atividades. Ainda assim, há uma cena que, por certo, nenhum deles quer enfrentar de novo: as celebrações de aniversário da instituição com
apresentações musicais em meio à água da chuva e à podridão do esgoto. Foi o que ocorreu em março de 2016.
**Adesão cresce**. No Colégio Cassiano do Nascimento, a ocupação teve início na noite de ontem. Os alunos do Ensino Médio buscavam suporte de professores e pais para poderem dormir no local. "Além de reivindicar o repasse de verbas e apoiar a greve dos professores, queremos melhorias. Temos problemas, como goteiras e portas sem fechaduras", desabafa o estudante do 3º Ano, Erick Teixeira, 17.
**Preparativos**.  A quarta-feira foi dedicada a oficinas de percussão, com participação de membros do movimento social Levante Popular da Juventude. Os alunos do Assis Brasil aproveitaram a oportunidade para se preparar à mobilização de hoje, quando os instrumentos ditarão o ritmo da passeata.
**Formação cidadã**. A quinta-feira deve começar com interpretação de peça teatral sobre ditadura. Ontem, à tarde, o palco do auditório do Colégio Dom João Braga virou local à roda de conversa, a sarau poético e à música, com direito a chimarrão e até cobertor para espantar o frio. Os estudantes - que iniciaram a ocupação na noite de segunda-feira - receberam a visita de professores universitários e trabalhadores da Cultura. A pauta girou por vários temas: da importância do sistema de cotas, à influência da grande mídia sobre a sociedade e religião. E o bate-papo informal com a gurizada acabou acompanhado por congratulações pela iniciativa: "O movimento de vocês nos orgulha e se transforma em contraponto à crítica de uma juventude alienada", destaca o produtor cultural, Alexandre Mattos.
Manifestação também no Capão do Leão
Os alunos da Escola Estadual de Ensino Médio Jardim América, no Capão do Leão, engrossaram a mobilização e realizaram ato em frente à instituição, na noite de ontem. Como a ocupação foi descartada em assembleia - já que a instituição funciona no mesmo prédio de uma escola municipal -, os jovens decidiram deflagrar greve por tempo indeterminado e passaram a não comparecer às aulas, já que parte dos professores não aderiu à paralisação.
E o movimento também reforça o coro pela construção de sede própria. É um projeto que daria autonomia à escola e permitiria investimentos básicos, como a criação de laboratório de informática. Hoje, por exemplo, os 15 computadores entregues pela Secretaria de Educação, em julho de 2014, permanecem encaixotados e depositados sobre arquivos em uma sala multiuso - lamenta a diretora Neuza Janke.
No mesmo ambiente, a direção passou a compartilhar espaço com a biblioteca, a secretaria, a supervisão e a orientação pedagógica. Isso, sem falar na necessidade de deixar um canto para acomodar o material de limpeza. É uma realidade que todos, juntos, lutam para mudar.
As 12 ocupações de alunos da Zona Sul (QUADRO)
- Pelotas: Instituto de Educação Assis Brasil (IEAB), Colégio Dom João Braga, Escola de Ensino Fundamental Luís Carlos Corrêa da Silva e Cassiano do Nascimento.
- Rio Grande: Juvenal Miller, Bibiano de Almeida, Silva Gama, Lilia Neves, Marechal Mascarenhas de Moraes, Getúlio Vargas, Roberto Bastos Tellechea e Lemos Júnior.
- Canguçu: Escola Técnica Estadual de Canguçu (ETEC).
A mobilização estudantil, em apoio à greve dos professores da rede estadual de ensino, hoje ganhará as ruas de Pelotas. A concentração está marcada para as 14h, junto ao Instituto de Educação Assis Brasil (IEAB), de onde os jovens saem rumo à 5ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE). A expectativa é de que estudantes de outras seis instituições integrem-se à caminhada, que tem dois objetivos centrais: dizer Sim ao movimento dos professores e Não à precariedade das escolas. 
Ontem, como já era de se esperar, a mobilização se manteve em expansão: até o começo da noite, já eram 83 ocupações de alunos no Rio Grande do Sul; 13 na Zona Sul. Em Pelotas, mais duas escolas entraram para a lista: o Colégio Cassiano do Nascimento e a Escola Luís Carlos Corrêa da Silva.
Na Luís Carlos, na Guabiroba, o que não faltam são motivos para fechar as portas. Goteiras, esgoto entupido, vidros quebrados, janelas emperradas, rachaduras nas paredes e banheiro interditado. É o retrato do lado de dentro. Do lado de fora a precariedade segue: a área coberta, que serve de ambiente a atividades do Programa Escola Aberta, também está interditada. E a falta de investimentos é explícita. Os pilares estão com as estruturas de ferro à mostra.
Daí a decisão de ocupação. E a orientação é de que só entrem no prédio, estudantes, professores e funcionários favoráveis à greve. Debates sobre Saúde da Mulher, Racismo e história de super-heróis negros estão na pauta. Sessões de vídeo e oficinas de capoeira, por exemplo, também fazem parte da programação cultural. 
"Com a nossa mobilização, com as nossas intervenções, queremos mostrar que estamos, sim, politizando a periferia. E a periferia está começando a lutar", resume a coordenadora do Escola Aberta, a professora Luciana Custódio. É um desafio a ser enfrentado, inclusive, com o público interno. Parte dos alunos, dos pais e dos profissionais da Luís Carlos Corrêa da Silva - que tem o diferencial de estar engajada, apesar de ser de Ensino Fundamental -  é contrária à interrupção das atividades. Ainda assim, há uma cena que, por certo, nenhum deles quer enfrentar de novo: as celebrações de aniversário da instituição com
apresentações musicais em meio à água da chuva e à podridão do esgoto. Foi o que ocorreu em março de 2016.
**Adesão cresce**. No Colégio Cassiano do Nascimento, a ocupação teve início na noite de ontem. Os alunos do Ensino Médio buscavam suporte de professores e pais para poderem dormir no local. "Além de reivindicar o repasse de verbas e apoiar a greve dos professores, queremos melhorias. Temos problemas, como goteiras e portas sem fechaduras", desabafa o estudante do 3º Ano, Erick Teixeira, 17.
**Preparativos**.  A quarta-feira foi dedicada a oficinas de percussão, com participação de membros do movimento social Levante Popular da Juventude. Os alunos do Assis Brasil aproveitaram a oportunidade para se preparar à mobilização de hoje, quando os instrumentos ditarão o ritmo da passeata.
**Formação cidadã**. A quinta-feira deve começar com interpretação de peça teatral sobre ditadura. Ontem, à tarde, o palco do auditório do Colégio Dom João Braga virou local à roda de conversa, a sarau poético e à música, com direito a chimarrão e até cobertor para espantar o frio. Os estudantes - que iniciaram a ocupação na noite de segunda-feira - receberam a visita de professores universitários e trabalhadores da Cultura. A pauta girou por vários temas: da importância do sistema de cotas, à influência da grande mídia sobre a sociedade e religião. E o bate-papo informal com a gurizada acabou acompanhado por congratulações pela iniciativa: "O movimento de vocês nos orgulha e se transforma em contraponto à crítica de uma juventude alienada", destaca o produtor cultural, Alexandre Mattos.
Manifestação também no Capão do Leão
Os alunos da Escola Estadual de Ensino Médio Jardim América, no Capão do Leão, engrossaram a mobilização e realizaram ato em frente à instituição, na noite de ontem. Como a ocupação foi descartada em assembleia - já que a instituição funciona no mesmo prédio de uma escola municipal -, os jovens decidiram deflagrar greve por tempo indeterminado e passaram a não comparecer às aulas, já que parte dos professores não aderiu à paralisação.
E o movimento também reforça o coro pela construção de sede própria. É um projeto que daria autonomia à escola e permitiria investimentos básicos, como a criação de laboratório de informática. Hoje, por exemplo, os 15 computadores entregues pela Secretaria de Educação, em julho de 2014, permanecem encaixotados e depositados sobre arquivos em uma sala multiuso - lamenta a diretora Neuza Janke.
No mesmo ambiente, a direção passou a compartilhar espaço com a biblioteca, a secretaria, a supervisão e a orientação pedagógica. Isso, sem falar na necessidade de deixar um canto para acomodar o material de limpeza. É uma realidade que todos, juntos, lutam para mudar.
As 12 ocupações de alunos da Zona Sul (QUADRO)
- Pelotas: Instituto de Educação Assis Brasil (IEAB), Colégio Dom João Braga, Escola de Ensino Fundamental Luís Carlos Corrêa da Silva e Cassiano do Nascimento.
- Rio Grande: Juvenal Miller, Bibiano de Almeida, Silva Gama, Lilia Neves, Marechal Mascarenhas de Moraes, Getúlio Vargas, Roberto Bastos Tellechea e Lemos Júnior.
- Canguçu: Escola Técnica Estadual de Canguçu (ETEC).

A mobilização estudantil, em apoio à greve dos professores da rede estadual de ensino, nesta quinta-feira (19) ganhará as ruas de Pelotas.

A concentração está marcada para as 14h, junto ao Instituto de Educação Assis Brasil (IEAB), de onde os jovens saem rumo à 5ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE). A expectativa é de que estudantes de outras seis instituições integrem-se à caminhada, que tem dois objetivos centrais: dizer Sim ao movimento dos professores e Não à precariedade das escolas.

Nesta quarta-feira, como já era de se esperar, a mobilização se manteve em expansão: até o começo da noite, já eram 83 ocupações de alunos no Rio Grande do Sul; 13 na Zona Sul. Em Pelotas, mais duas escolas entraram para a lista: o Colégio Cassiano do Nascimento e a Escola Luís Carlos Corrêa da Silva.

Na Luís Carlos, na Guabiroba, o que não faltam são motivos para fechar as portas. Goteiras, esgoto entupido, vidros quebrados, janelas emperradas, rachaduras nas paredes e banheiro interditado. É o retrato do lado de dentro. Do lado de fora a precariedade segue: a área coberta, que serve de ambiente a atividades do Programa Escola Aberta, também está interditada. E a falta de investimentos é explícita. Os pilares estão com as estruturas de ferro à mostra.

Daí a decisão de ocupação. E a orientação é de que só entrem no prédio, estudantes, professores e funcionários favoráveis à greve. Debates sobre Saúde da Mulher, Racismo e história de super-heróis negros estão na pauta. Sessões de vídeo e oficinas de capoeira, por exemplo, também fazem parte da programação cultural.

"Com a nossa mobilização, com as nossas intervenções, queremos mostrar que estamos, sim, politizando a periferia. E a periferia está começando a lutar", resume a coordenadora do Escola Aberta, a professora Luciana Custódio. É um desafio a ser enfrentado, inclusive, com o público interno. Parte dos alunos, dos pais e dos profissionais da Luís Carlos Corrêa da Silva - que tem o diferencial de estar engajada, apesar de ser de Ensino Fundamental - é contrária à interrupção das atividades. Ainda assim, há uma cena que, por certo, nenhum deles quer enfrentar de novo: as celebrações de aniversário da instituição com apresentações musicais em meio à água da chuva e à podridão do esgoto. Foi o que ocorreu em março de 2016. 

Adesão cresce
No Colégio Cassiano do Nascimento, a ocupação teve início na noite desta quarta. Os alunos do Ensino Médio buscavam suporte de professores e pais para poderem dormir no local. "Além de reivindicar o repasse de verbas e apoiar a greve dos professores, queremos melhorias. Temos problemas, como goteiras e portas sem fechaduras", desabafa o estudante do 3º Ano, Erick Teixeira, 17.

Preparativos
A quarta-feira foi dedicada a oficinas de percussão, com participação de membros do movimento social Levante Popular da Juventude. Os alunos do Assis Brasil aproveitaram a oportunidade para se preparar à mobilização desta quinta, quando os instrumentos ditarão o ritmo da passeata.

Formação cidadã
A quinta-feira deve começar com interpretação de peça teatral sobre ditadura. Quarta, à tarde, o palco do auditório do Colégio Dom João Braga virou local à roda de conversa, a sarau poético e à música, com direito a chimarrão e até cobertor para espantar o frio. Os estudantes - que iniciaram a ocupação na noite de segunda-feira - receberam a visita de professores universitários e trabalhadores da Cultura. A pauta girou por vários temas: da importância do sistema de cotas, à influência da grande mídia sobre a sociedade e religião.

E o bate-papo informal com a gurizada acabou acompanhado por congratulações pela iniciativa: "O movimento de vocês nos orgulha e se transforma em contraponto à crítica de uma juventude alienada", destaca o produtor cultural, Alexandre Mattos.

Manifestação também no Capão do Leão
Os alunos da Escola Estadual de Ensino Médio Jardim América, no Capão do Leão, engrossaram a mobilização e realizaram ato em frente à instituição, na noite de quarta. Como a ocupação foi descartada em assembleia - já que a instituição funciona no mesmo prédio de uma escola municipal -, os jovens decidiram deflagrar greve por tempo indeterminado e passaram a não comparecer às aulas, já que parte dos professores não aderiu à paralisação.

E o movimento também reforça o coro pela construção de sede própria. É um projeto que daria autonomia à escola e permitiria investimentos básicos, como a criação de laboratório de informática. Hoje, por exemplo, os 15 computadores entregues pela Secretaria de Educação, em julho de 2014, permanecem encaixotados e depositados sobre arquivos em uma sala multiuso - lamenta a diretora Neuza Janke.

No mesmo ambiente, a direção passou a compartilhar espaço com a biblioteca, a secretaria, a supervisão e a orientação pedagógica. Isso, sem falar na necessidade de deixar um canto para acomodar o material de limpeza. É uma realidade que todos, juntos, lutam para mudar.

As 12 ocupações de alunos da Zona Sul
- Pelotas: Instituto de Educação Assis Brasil (IEAB), Colégio Dom João Braga, Escola de Ensino Fundamental Luís Carlos Corrêa da Silva e Cassiano do Nascimento.

- Rio Grande: Juvenal Miller, Bibiano de Almeida, Silva Gama, Lilia Neves, Marechal Mascarenhas de Moraes, Getúlio Vargas, Roberto Bastos Tellechea e Lemos Júnior.

- Canguçu: Escola Técnica Estadual de Canguçu (ETEC).

A mobilização estudantil, em apoio à greve dos professores da rede estadual de ensino, hoje ganhará as ruas de Pelotas. A concentração está marcada para as 14h, junto ao Instituto de Educação Assis Brasil (IEAB), de onde os jovens saem rumo à 5ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE). A expectativa é de que estudantes de outras seis instituições integrem-se à caminhada, que tem dois objetivos centrais: dizer Sim ao movimento dos professores e Não à precariedade das escolas. 
Ontem, como já era de se esperar, a mobilização se manteve em expansão: até o começo da noite, já eram 83 ocupações de alunos no Rio Grande do Sul; 13 na Zona Sul. Em Pelotas, mais duas escolas entraram para a lista: o Colégio Cassiano do Nascimento e a Escola Luís Carlos Corrêa da Silva.
Na Luís Carlos, na Guabiroba, o que não faltam são motivos para fechar as portas. Goteiras, esgoto entupido, vidros quebrados, janelas emperradas, rachaduras nas paredes e banheiro interditado. É o retrato do lado de dentro. Do lado de fora a precariedade segue: a área coberta, que serve de ambiente a atividades do Programa Escola Aberta, também está interditada. E a falta de investimentos é explícita. Os pilares estão com as estruturas de ferro à mostra.
Daí a decisão de ocupação. E a orientação é de que só entrem no prédio, estudantes, professores e funcionários favoráveis à greve. Debates sobre Saúde da Mulher, Racismo e história de super-heróis negros estão na pauta. Sessões de vídeo e oficinas de capoeira, por exemplo, também fazem parte da programação cultural. 
"Com a nossa mobilização, com as nossas intervenções, queremos mostrar que estamos, sim, politizando a periferia. E a periferia está começando a lutar", resume a coordenadora do Escola Aberta, a professora Luciana Custódio. É um desafio a ser enfrentado, inclusive, com o público interno. Parte dos alunos, dos pais e dos profissionais da Luís Carlos Corrêa da Silva - que tem o diferencial de estar engajada, apesar de ser de Ensino Fundamental -  é contrária à interrupção das atividades. Ainda assim, há uma cena que, por certo, nenhum deles quer enfrentar de novo: as celebrações de aniversário da instituição com
apresentações musicais em meio à água da chuva e à podridão do esgoto. Foi o que ocorreu em março de 2016.
**Adesão cresce**. No Colégio Cassiano do Nascimento, a ocupação teve início na noite de ontem. Os alunos do Ensino Médio buscavam suporte de professores e pais para poderem dormir no local. "Além de reivindicar o repasse de verbas e apoiar a greve dos professores, queremos melhorias. Temos problemas, como goteiras e portas sem fechaduras", desabafa o estudante do 3º Ano, Erick Teixeira, 17.
**Preparativos**.  A quarta-feira foi dedicada a oficinas de percussão, com participação de membros do movimento social Levante Popular da Juventude. Os alunos do Assis Brasil aproveitaram a oportunidade para se preparar à mobilização de hoje, quando os instrumentos ditarão o ritmo da passeata.
**Formação cidadã**. A quinta-feira deve começar com interpretação de peça teatral sobre ditadura. Ontem, à tarde, o palco do auditório do Colégio Dom João Braga virou local à roda de conversa, a sarau poético e à música, com direito a chimarrão e até cobertor para espantar o frio. Os estudantes - que iniciaram a ocupação na noite de segunda-feira - receberam a visita de professores universitários e trabalhadores da Cultura. A pauta girou por vários temas: da importância do sistema de cotas, à influência da grande mídia sobre a sociedade e religião. E o bate-papo informal com a gurizada acabou acompanhado por congratulações pela iniciativa: "O movimento de vocês nos orgulha e se transforma em contraponto à crítica de uma juventude alienada", destaca o produtor cultural, Alexandre Mattos.
Manifestação também no Capão do Leão
Os alunos da Escola Estadual de Ensino Médio Jardim América, no Capão do Leão, engrossaram a mobilização e realizaram ato em frente à instituição, na noite de ontem. Como a ocupação foi descartada em assembleia - já que a instituição funciona no mesmo prédio de uma escola municipal -, os jovens decidiram deflagrar greve por tempo indeterminado e passaram a não comparecer às aulas, já que parte dos professores não aderiu à paralisação.
E o movimento também reforça o coro pela construção de sede própria. É um projeto que daria autonomia à escola e permitiria investimentos básicos, como a criação de laboratório de informática. Hoje, por exemplo, os 15 computadores entregues pela Secretaria de Educação, em julho de 2014, permanecem encaixotados e depositados sobre arquivos em uma sala multiuso - lamenta a diretora Neuza Janke.
No mesmo ambiente, a direção passou a compartilhar espaço com a biblioteca, a secretaria, a supervisão e a orientação pedagógica. Isso, sem falar na necessidade de deixar um canto para acomodar o material de limpeza. É uma realidade que todos, juntos, lutam para mudar.
As 12 ocupações de alunos da Zona Sul (QUADRO)
- Pelotas: Instituto de Educação Assis Brasil (IEAB), Colégio Dom João Braga, Escola de Ensino Fundamental Luís Carlos Corrêa da Silva e Cassiano do Nascimento.
- Rio Grande: Juvenal Miller, Bibiano de Almeida, Silva Gama, Lilia Neves, Marechal Mascarenhas de Moraes, Getúlio Vargas, Roberto Bastos Tellechea e Lemos Júnior.
- Canguçu: Escola Técnica Estadual de Canguçu (ETEC).

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