Educação

Estudo e dedicação geram bons resultados

O estudante alcançou uma média geral de 830 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio

Carlos Queiroz -

Fabricio Ribeiro é o primeiro colocado na chamada regular, feita via Sistema de Seleção Unificada (SISU), do curso de graduação em Medicina da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Apesar de ter escolhido a universidade mais próxima, uma simulação o permitiu descobrir que ficaria em primeiro lugar também na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade de Brasília (UnB), Universidade do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).

A conquista é fruto de dois anos de estudos que resultaram em 830,32 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Enquanto esperava o resultado de seleção do SISU, fez algumas simulações em aplicativos para descobrir em quais outras universidades a nota alcançaria aprovação. "Comecei pela UFRJ e aparecia o primeiro lugar. Daí me animei e fui testando", conta. Por alguns décimos, poderia ficar em segundo lugar na Universidade de São Paulo (USP). Ribeiro é modesto e fica tímido quando os professores elogiam o desempenho. Ele acredita que todo o esforço é recompensa de meses de estudo e dedicação.

"Se tu vai tentar competir com todo mundo ninguém cresce", pontua. O aluno conta que o apoio dos colegas foi um dos pilares para conseguir enfrentar a difícil trajetória até o dia da realização da prova. O curso possui uma filosofia própria de parceria entre os professores e alunos, criando laços fortes de amizade e companheirismo vistos como essenciais para a preparação do Enem.

Agora calouro da UFPel, Ribeiro é o primeiro do núcleo familiar a ingressar no ensino superior. O jovem de 26 anos vai começar em março a segunda graduação, a primeira foi em Biotecnologia, na mesma universidade. O desejo de estudar na área da saúde foi se construindo aos poucos e com o incentivo da família. Ex-estudante de escola pública, Fabrício concluiu o ensino fundamental na E.T.E Professora Sylvia Mello e o médio no antigo Centro Federal de Educação Tecnológica de Pelotas (Cefet), atual Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul).

O cronograma de estudos é uma das razões que encaminharam o aluno à aprovação. Ele estudava no período da noite, no curso Veiga, e ao chegar em casa continuava com as leituras e exercícios até cerca de 3h da manhã. Também passava as tardes no curso para reforçar o conteúdo e tirar dúvidas. Mas, Lauro Demenech, psicólogo do local, lembra que esse método foi a forma que Fabrício encontrou para estudar. "Cada pessoa tem que encontrar o jeito que se adapta mais", salienta.

"A amizade com responsabilidade"
A filosofia do curso é um dos pilares para alcançar os resultados de aprovação, o que demonstra o companheirismo que está presente nas relações lá construídas. "Sempre que um aluno chega aqui, o projeto dele vira nosso projeto", diz Demenech. Para o fundador, Luiz Antônio Veiga, quem constrói o caminho até o Enem é o aluno. As aulas são elaboradas para ensinar os conteúdos e não "uma decoreba". Fora Fabricio, outros quatro alunos do Veiga foram aprovados na primeira chamada para graduação em medicina pelo SISU, na UFPel, Universidade Federal do Rio Grande (Furg) e na Universidade de Pernambuco (UPE). Mais 23 estudantes foram aprovados em medicina na Universidade Católica de Pelotas (UCPel).

A preocupação com o bem estar dos alunos é refletida nas ações mensais com as turmas, como por exemplo oficinas sobre saúde mental e momentos de confraternização fora dos espaços de estudo. Entre 1968 até 1987 as aulas eram voltadas somente para as áreas de física e matemática, com a expansão para todas as disciplinas exigidas no Enem. O curso completa 51 anos em 2019.

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