Meio ambiente
Estudos das Unidades de Conservação avançam
Pontal da Barra e Parque Farroupilha devem ser as primeiras regiões preservadas por lei
Divulgação -
Em breve, Pelotas poderá contar com três Unidades de Conservação (UCs). A primeira, localizada no Pontal da Barra, já está com os estudos finalizados. A segunda é no Parque Farroupilha, 8° distrito do município, e está com as análises em fase final. A última, com os estudos ainda não iniciados, será na área do Ecocamping Municipal.
O Pontal da Barra é uma região formada por banhados, dunas e matas da várzea do Canal São Gonçalo. A área abriga diversas espécies endêmicas (animais e vegetais que, por características básicas, não são encontrados em qualquer outro ambiente natural) e ameaçadas de extinção. Os estudos deste espaço foram realizados por um grupo da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e de técnicos da Secretaria de Qualidade Ambiental (SQA).
As análises estão finalizadas, mas ainda não estão disponíveis ao público. Segundo o responsável da pasta, Felipe Peres, os resultados estão registrados em um livro que será entregue à prefeita Paula Mascarenhas (PSDB) nos próximos dias.
Os estudos da UC que serão no Parque Farroupilha estão sendo realizados por membros da SQA e de outras secretarias. Peres explica que o projeto avançou na região devido a uma demanda judicial e afirma que cerca de 80% das análises já estão prontas. A área possui pedras e matas nativas, e essas características levaram o Poder Público a perceber a necessidade de proteção. “É uma zona que pertence ao município, então temos que preservá-la”, completa.
Conforme o secretário, o primeiro passo para as UCs saírem do papel é a discussão de um projeto de lei pelo Conselho Municipal de Proteção Ambiental (Compam), depois a questão passa para Câmara de Vereadores para ser sancionada e a última etapa é a aceitação da prefeita para poder realizar o decreto de criação das unidades. No momento, o projeto está sendo discutido pelo Compam e em seguida será encaminhado ao Legislativo. “Temos de preparar a casa para que o decreto possa ser acatado”.
Até o momento, Pelotas não conta com nenhuma unidade criada e protegida por lei. No entanto, o munícipio possui regiões naturais que devem ser preservadas. O benefício das áreas se tornarem Unidades de Conservação é que, a partir disso, o Poder Público possa solicitar recursos financeiros para investir nos locais. Além disso, é uma garantia às espécies que vivem naquele ambiente.
Ecocamping
Por ser uma Área de Preservação Permanente (APP), os sete hectares pertencentes ao Ecocamping Municipal será a próxima estudada. A zona preenche todos os requisitos para se tornar uma unidade e possui inúmeros recursos que podem ser explorados. A ideia principal é tornar o local um parque ambiental que desenvolva e incentive a educação ambiental. “As análises ainda não chegaram nessa região, mas vão chegar”, prometeu o secretário. De acordo com ele, os estudos só irão aprofundar e dar certeza que o projeto poderá ser desenvolvido.
Nenhuma das unidades será restritiva ao público. A proposta é que a população possa usufruir de todas as áreas, e que explore a parte educacional de cada projeto. “Também poderão desfrutar de uma proteção verde e natural”.
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