Andanças
Expedição na Estrada tem o mundo como quintal
Depois de Pelotas, o casal que viaja em uma picape Chevrolet ano 1951 segue até Ushuaia e, por fim, até o Alaska
Mary Lou tem 68 anos e já desbravou as estradas do Brasil com vitalidade e todo o charme de uma clássica picape Chevrolet 3100, que mantém o motor original. Sem pressa, mas com espírito desbravador, a meta é chegar ao Alaska com os seus parceiros de aventura: o geógrafo André Jardim, 41, e a geóloga Júlia Prates, 35. Juntos, eles formam o time da expedição Na Estrada, que nasceu em 2013, baseada em muito planejamento e colocando em prática o ditado "devagar se vai ao longe".
Desde o começo da semana o casal está em Pelotas, com os amigos da Expedição Fuscamérica, fazendo os últimos preparativos para dar seguimento ao sonho de desbravar a América. Viver com pouco e ter o mundo como quintal de casa é um modo cada vez mais recorrente de escolha. Quem percorre as estradas da América do Sul encontra muitas histórias parecidas.
Para colocar em prática o projeto, o mineiro e a brasiliense deixaram o emprego, venderam tudo e mudaram alguns conceitos para se adaptarem à vida em pouco menos de dez metros quadrados. "Temos uma camper acoplada na picape, onde está tudo o que precisamos", conta Júlia. O espaço foi pensado e construído para comportar uma espécie de cozinha, quarto, sala e banheiro - tudo em um só ambiente. "Durante oito meses de viagem pelo Brasil nós fizemos alguns ajustes, inclusive nos desapegando de muitas coisas que percebemos desnecessárias", destaca André.
Sem pressa e apreciando o caminho, eles aportam na próxima semana no Uruguai. A picape, que pertenceu ao pai de André, roda com uma velocidade média de 60 km/h. "Percorremos em torno de 200 quilômetros por dia, para não forçar o motor e apreciar os lugares por onde passamos", reforça. É nesse ritmo que seguirão até Ushuaia, na Argentina, para depois apontar rumo ao Alaska. Ao longo do caminho, além de desbravar as mais diferentes culturas, o casal faz crochet e vende as peças artesanais que produz. É uma forma de mergulhar em uma época onde a pressa não fazia parte do cotidiano. "Talvez seja uma oportunidade de compreendermos com mais profundidade o verdadeiro sentido da vida", finaliza Júlia.
Quem quiser seguir os próximos passos dessa história pode acompanhar o trio nas redes sociais. No Instagram do projeto @expnaestrada ou pelo facebook.com/expnaestrada. A entrevista completa sobre o projeto está disponível no canal do You ube da Expedição Fuscamérica.
Carregando matéria
Conteúdo exclusivo!
Somente assinantes podem visualizar este conteúdo
clique aqui para verificar os planos disponíveis
Já sou assinante
Deixe seu comentário