Crime

Federação Israelita do Estado repudia atentado ao prédio do Centro Social em Pelotas

Além das paredes pichadas, o autor teria tentado incendiar a sinagoga; o fogo atingiu a entrada do prédio

Gabriel Huth -

As Polícias Civil e Federal vão investigar o incêndio criminoso ocorrido na manhã de quinta-feira (17) ao prédio da Sociedade Israelita de Pelotas, que fica na rua Santos Dumont, esquina Cassiano. De acordo com o boletim de ocorrência, o zelador chegou no local e encontrou parte da frente danificada pelas chamas. Além disso, as paredes estavam pichadas com dizeres: "Palestina resiste", "A Intifada é internacional", "Pacto pela Paz nada faz", "O povo de Gaza não será esquecido."

Para o conselheiro do Centro Social Israelita, Simon Orlando Halpern, a ação deixou de ser vandalismo e se tornou um atentado. Pela ocorrência, um liquido inflamável teria sido despejado por debaixo da porta principal da instituição provocando fogo no hall de entrada, o que causou danos na estrutura de ferro e na porta interna de madeira. "Trata-se de um vândalo desqualificado e covarde, que age na calada da noite e não tem condições de civilidade", disparou. Para Halpern, o que acontece no Oriente Médio, fica no Oriente Médio. "Nós somos brasileiros de origem judaica."

Em nota, a Federação Israelita do Rio Grande do Sul (FIRS) manifestou repúdio ao atentado e, junto com a Confederação Israelita do Brasil (CONIB) toma providências junto às autoridades para identificar os culpados e garantir a segurança da comunidade. Em Pelotas são cerca de 70 famílias que tem na Sociedade Israelita de Pelotas o seu espaço comunitário e sua sinagoga.

A Federação considerou as mensagens de apoio à causa palestina como uma ameaça à comunidade, principalmente nas palavras “Intifada Internacional” e “aguardem”. Esta já é a terceira ocorrência em Pelotas. Há cerca de duas semanas, a Sociedade foi pichada com dizeres de apoio à luta do Povo Palestino e reivindicando a liberdade do ex-presidente Lula.

“Não toleraremos esse tipo atitude, um atentado dessa magnitude é uma afronta contra o estado democrático de direito, contra a liberdade de expressão e de religião, além de ser um alerta de que os discursos de ódio estão passando da teoria para a prática, importando um conflito que não é dos brasileiros e colocando em risco toda a nossa sociedade ”, disse o presidente da FIRS, Zalmir Chwartzmann.

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