Desde a última segunda-feira (27), o óleo diesel está 10% mais barato nas refinarias. A Petrobrás realizou o anúncio no final da semana passada da queda do preço do produto. A medida foi decretada em meio a um cenário global de diminuição no preço da commodity desde o início da pandemia. Segundo a Agência Estado, a queda de consumo do combustível apresenta um índice correspondente a 22% no primeiro semestre de 2020. O petróleo, enquanto matéria-prima, também têm registrado queda durante o período da quarentena.

Na Zona Sul, a redução do preço do óleo diesel representa uma economia importante para o orçamento dos caminhoneiros. No final do ano passado, era possível encontrar o combustível no preço de R$ 4,40. Valor que começou a registrar redução logo nos primeiros meses deste ano, chegando aos atuais R$ 3,25. Um acumulado de 26% de reduções, cujo alívio nas despesas dos profissionais é significativa. “A questão do preço do diesel vinha numa crescente há tempos. Nos últimos meses, apresentou uma redução que nos impacta diretamente, mas agora de uma forma positiva. É uma verdadeira vitória do setor. Sempre que se reduz é uma conquista para nós”, afirma o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga do Extremo Sul do Estado, Cláudio Pinheiro.

Em transportes de carga completa e que realizam viagens interestaduais de duração mais longa, a economia gerada pela mudança no preço do óleo corresponde a até 10% nas contas dos motoristas. Nos termos financeiros, os valores poupados pelos motoristas chegam a mais de R$ 2.000 com esta mudança. “É um ganho absurdo para os motoristas, que tem uma série de outros gastos com as viagens. É uma diferença que auxilia os motoristas neste momento de crise. As perspectivas para a sequência do ano são extremamente positivas”, destaca.

Pedágios seguem pesando no orçamento

Embora o preço do óleo diesel esteja mais baixo e isto represente uma economia no bolso nos caminhoneiros, outra demanda preocupa a categoria. Em momento de crise, os valores dos pedágios seguem como motivo de preocupação. O preço segue o mesmo de antes do cenário da pandemia da Covid-19. “Seguimos pagando o mesmo valor de antes. Mesmo com a quarentena e toda a crise que a sociedade tá passando, seguimos pagando o pedágio entre eixos e quilometragem, o que leva boa parte do nosso orçamento de transporte”, destaca Cláudio.