Deputado estadual pelo Republicanos, Fran Somensi esteve na Zona Sul recentemente para dar mais um passo na implementação da Farmácia Solidária em Pelotas. Em entrevista ao Diário Popular, a parlamentar conversou sobre expectativas para a eleição, a filiação do vice-presidente Hamilton Mourão ao partido e admitiu que torce para que uma via mais equilibrada ganhe força na disputa presidencial. Confira:

Diário Popular - Qual a fase do projeto Farmácia Solidária em Pelotas?

Fran Somensi - Estamos na fase de finalização, pois o vereador Jone Soares (PSDB) vai nos levar no local que funcionará a farmácia, junto com a faculdade Anhanguera. Na Zona Sul, Canguçu e Morro Redondo já possuem as farmácias em funcionamento e ficamos surpresos com o crescimento do serviço, foi possível ver que dá certo.

DP - Como funciona?

FS - Hoje no Estado somos 24 municípios que aderiram e mais de 30 com leis municipais aprovadas, incluindo Pelotas. Sempre há um farmacêutico para atender a população, geralmente disponibilizado pelo município. Também temos o objetivo de conseguir 50 cidades que estejam com o programa e se comunicando. Também temos o desenvolvimento de um aplicativo pelo Instituto Federal do Rio Grande do Sul e a Secretaria de Saúde do Estado para que tenhamos no celular o acesso e saber quais municípios que têm a farmácia, pontos de doação, localização e horário. Será um aplicativo tanto para quem quer doar como para quem precisa da medicação e, mais do que isso, os profissionais da saúde terão acesso ao estoque.

DP - A senhora vai em busca da reeleição?

FS - Sou pré-candidata a deputada estadual. Será a minha segunda campanha pelo Republicanos. São muitos candidatos, acho que será uma eleição um pouco diferente da última em função de ter muito mais candidatos e sabemos que a disputa não é fácil, mas a nossa campanha será como foi a primeira, agora com uma diferença, já que no início nós vendíamos uma ideia de trabalho e hoje nós temos que mostrar o que fizemos.

DP - Como o Republicanos se posicionará na eleição estadual e federal?

FS - O partido ainda não abriu apoio diretamente para ninguém, mas há poucos dias recebemos o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, que será nosso pré-candidato ao Senado. uma pessoa que vem contribuir, ponderada, equilibrada, que tem uma história de vida e de luta que no seu discurso, quando fechou a ficha conosco, disse que a missão dele não tinha encerrado e que tem muito a faze. Algumas direções vão se tornando meio que ao natural, mas ainda não temos em aberto, nem pelo nosso presidente a nível estadual e federal, um direcionamento. No Estado não é diferente. Incialmente tínhamos um candidato ao governo, então com a vinda do Mourão recuou ter um candidato também a governador. Hoje fizemos parte da base do governo estadual. Enfim, a gente aguarda porque não será uma caminhada fácil. Sempre torci por uma via mais equilibrada.

DP - A tendência é apoiar a terceira via?

FS - Eu, Fran, sim. O partido mostra tendência a estar com o presidente Bolsonaro. A gente nota, mas não tem nada firmado. Então, como ainda não tem nada de direção, a gente fica mais solto.

DP - Como está o partido após janela partidária?

FS - Éramos dois deputados e hoje o Republicanos está com quatro. Veio a Franciane Bayer, que era PSB, e o tenente-coronel Zucco, que era PSL e passou pelo PL. Dobramos a bancada. O partido se enxerga maior, com possibilidade de concretizar esse crescimento nas eleições, pois entendo que a gente fica maior quando elege dentro do partido. O partido trabalha com uma nominata interessante, tanto federal como estadual, para que tenhamos dois a três deputados federais e de quatro a cinco deputados estaduais.