Greve

Governo pede 48h para resposta a professores

Reunião aconteceu na manhã desta terça-feira na Secretaria da Educação, greve já dura 50 dias

Uma reunião entre representantes do Cpers Sindicato e do governo do Estado iniciou as tratativas pelo fim da greve do magistério, que completa 51 dias nesta quarta-feira (8). Desde a última assembleia geral da categoria, em 19 de dezembro, os professores pedem a garantia do pagamento relativo aos dias paralisados para então retornar às atividades. Pelo lado do governo, há cobrança do Tribunal de Contas do Estado (TCE) para a apresentação de um plano de recuperação de aulas e o interesse em finalizar o ano preenchendo os 200 dias letivos.

O encontro foi na Secretaria Estadual de Educação (Seduc). Conforme informações do governo, o impasse diz respeito a 23 dias letivos. "Temos como prioridade a finalização do ano letivo de 2019 para podermos iniciar corretamente o ano de 2020, como é nossa obrigação e direito de todos os estudantes da rede estadual", afirmou o secretário da Educação, Faisal Karam.

Diretor do 24ª Núcleo do Cpers em Pelotas, o professor Mauro Amaral é enfático: "Condicionamos a volta em acordo de greve que garanta o pagamento dos dias que iremos recuperar. Não iremos trabalhar de graça", afirma. De acordo com o diretor, muitas escolas seguem paralisadas sem encerrar o ano letivo de 2019. Uma reunião no início da semana em Pelotas reuniu mais de 160 servidores da Educação para tratar do tema. Outro pedido do Cpers é que haja autonomia das escolas para finalizarem o calendário conforme especificidades locais de cada uma. 

Sem novidades
A reunião durou cerca de 30 minutos. Uma nova audiência é aguardada nas próximas 48 horas, com a presença do próprio governador, Eduardo Leite (PSDB). Este novo encontro deve ocorrer ainda nesta quarta, às 11h, conforme informações do secretário de Educação. Pelas informações divulgadas pela Seduc, um levantamento recente apontou que ainda 132 escolas permanecem em greve de um total de 2,5 mil. 

A presidente do Cpers, Helenir Schürer, também endossou o pedido da categoria. "Nossa pauta é a garantia do pagamento do salário, a garantia de não punição dos grevistas e a observação da gestão democrática, sem abrir mão de cumprir os 200 dias letivos. A responsabilidade que sempre tivemos é de garantir o direito do aluno", declarou.

Ano letivo atrasado
As maiores escolas estaduais de Pelotas ainda não encerraram o ano letivo. É o caso das escolas Cassiano do Nascimento, Colégio Assis Brasil, Santa Rita, Dom João Braga, Pedro Osório, Sílvia Melo, Ciep e Ginásio do Areal. Ainda conforme Mauro Amaral, escolas de médio e pequeno porte também ainda não encerraram o ano letivo de 2019. A estimativa do sindicato é que menos da metade dos trabalhadores tenha voltado às atividades normais.

A coordenadora regional da Educação, Ana Alice Szezepanski, explica que cada escola está vivendo um caso diferente. Das 124 escolas estaduais que integram a 5ª CRE, apenas 15 encerraram o ano letivo em 20 de dezembro e não paralisaram, enquanto outras 11 já retornaram e recuperam aulas. Três escolas não informaram, o que é considerado como greve total, e outras 95 estão em greve parcial e ainda têm aulas para serem recuperadas. "Tem todo tipo de situação. Assim que for encerrada, precisamos revisar o calendário de cerca de 98 escolas", informou a coordenadora.

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